• search
  • Entrar — Criar Conta

Purificados Pela Violência

Antonin Artaud, poeta, crítico e dramaturgo francês dos mais controversos e polêmicos artistas do século XX, comenta sobre a vanguarda estética denominada de Surrealismo, da qual participou ativamente nos anos 1920.

*Antonin Artaud

[email protected]

 

Participei do movimento surrealista de 1924 a 1926 e o ​​apoiei em sua violência.

Cada vez que é tocada, a vida reage através do sono e das larvas. Isso significa que o Inconsciente geral foi atingido por algo e dá o que guardou.
Quando uma mulher concebe, ela sonha sem saber. Quando um homem foi ferido, ou vai adoecer, ou está em agonia, ele também sonha. Junto com os sonhos dos homens estão os sonhos dos grupos e os sonhos dos países.
Não sei quantos surrealistas sentiram que com nossos sonhos estávamos realizando uma espécie de ferida de grupo, uma ferida de vida.
Junto com a obsessão pelo sonho e contra o ódio à realidade, o surrealismo tinha uma pretensão de nobreza, uma obsessão de pureza.

O mais puro, o mais desesperado de nossa espécie, dizia-se comumente deste ou daquele surrealista, porque para nós só era verdadeiramente puro aquele que estava desesperado.

Que importa que esse fogo puro se limite a consumir-se. Ele desejou sinceramente ser puro. E essa pureza foi experimentada em todos os planos possíveis: amor, espírito, sexualidade.

Antonin Artaud

Em uma palestra na Universidade do México

em 26 de fevereiro de 1936

 

O dramaturgo