*Franklin Jorge
Há apenas dez meses das próximas eleições a ocorrer em novembro de 2022, temos mais boatos que fatos que atestam a extensão da nossa pobreza não apenas social, administrativa e política. De fato, a cultura oriunda de gerações de poder oligárquico nos condenaram a uma espécie de escravidão consentida.
Os nomes colocados na mesa como opções de salvação pelo voto delatam uma realidade que se abate sobre todos de maneira inexorável e medonha. Como se estivéssemos condenados eternamente a eleger nós mesmos os executores das nossas esperanças.
No último domingo, passeando pelas alamedas de blogues financiados com recursos do contribuinte para propalar valores inexistentes e puxar o saco de poderosos que não seriam ninguém sem a chave do cofre, deparei-me com um pastoril de nulidades que surgem ou se apresentam como candidatos a salvadores da chamada “taba de Poti”. Confesso que tive ânsias de vômito diante de tantos dejetos oligárquicos que mamam de maneira desadorada nas tetas do elefante manco.
Ler comentários a postagens sobre postulantes ao senado e ao governo do estado dão-nos a medida exato dos prejuízos da sociedade. E de cidadãos escorchados e espoliados por uma cambada de políticos e magistrados corrutos que usam como propriedade privada o que é público e devia ser protegido e preservado para o bem comum, servindo aos apetites insaciáveis legisladores, governantes e agentes da lei corrompidos em seu insaciável abuso de poder.
Estarrece deparar-nos com pessoas defendendo a volta ao poder de ex-governadores, prefeitos e parlamentares que se mostraram incapazes de colocar o estado na trilha do progresso e do bem-estar social decorrentes do acesso à saúde, à educação e a segurança de qualidade!
Que esperar de bom de quem já exerceu ou ainda exerce mandatos no Rio Grande do Norte? Não será pela mão de corruptos e aproveitadores que nos libertaremos de aproveitadores e corruptos que nos sugam e escravizam há gerações. Pensem nisto!