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Quanto custa um imortal

Objeto de desejo de vaidosos e letrados, a mais importante instituição literária do país parece ter se desviado de princípios estabelecidos por seus fundadores.

*Da Redação com o Portal iG

Sonho de muitos, realidade de poucos, a Academia Brasileira de Letras, fundada na cidade do Rio de Janeiro, segundo a Wikipédia,  em 20 de julho de 1897 pelos escritores Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa. É composta por quarenta membros efetivos e perpétuos (por isso alcunhados imortais) e por vinte sócios estrangeiros.

Está na boca de todo mundo, desde que alçou à imortalidade acadêmica a atriz nonagenária Fernanda Montenegro e o músico septuagenário Gilberto Gil, ambos sem obra literária conhecida. Afinal, como sua congênere francesa, tem apenas 40 cadeiras para acomodar tamanhas vaidades.

Donatária de substancioso cabedal que remonta à doação feita pelo rico editor Francisco Alves, que a dotou de bens imóveis no Centro financeiro do Rio de Janeiro que com o tempo e a valorização decorrente da expansão dos negócios se transformou em uma fonte inesgotável de recursos,

Em matéria recente, publicada na blogosfera, o Portal IG pergunta e responde: qual a função da Academia Brasileira de Letras e quanto ganha os membros dessa instituição que já foi séria antes da globalização da mediocridade militante e do politicamente correto? O iG vai contar agora:

“A Academia Brasileira de Letras tem a função de zelar pela língua e literatura do idioma. Já os critérios para se tornar um imortal têm a ver com a fundação da própria ABL, que copia o modelo da Academia francesa. Ela elege membros também por sua notoriedade em outras áreas da cultura, não necessariamente apenas pessoas que tenham relação com o estudo do idioma.

“A ABL é uma instituição cultural e foi inaugurada no dia 20 de julho de 1897. Sua sede fica no Rio de Janeiro. Segundo o site da instituição, a ABL tem 40 membros efetivos e perpétuos, e 20 sócios correspondentes estrangeiros.

“Quem são os membros e quanto ganham? – Segundo o portal UOL, Fernanda Monstenegro e Gilberto Gil, além dos outros imortais, podem ganhar mais R$ 10 mil por mês. Os membros da ABL se reúnem duas vezes por semana, mas, por conta da pandemia, os encontros foram suspensos e hoje acontecem online. Cada imortal recebe R$ 3 mil por mês e mais alguns “cachês” pela presença semanal nos encontros. Quem vai ao chá da terça-feira ganha R$ 800. O comparecimento à reunião de quinta garante mais R$ 1.000.

“Sendo assim, um membro que compareça a todas as reuniões da ABL em um mês pode acumular R$ 10.200 no total. Além das reuniões, os membros também participam de debates e palestras sobre temas que tenham relação com o fomento da literatura e da língua portuguesa, além das artes.

“As eleições de Fernanda Montenegro e Gilberto Gil foram as primeiras após a retomada das atividades presenciais da ABL. Até o final deste ano, serão escolhidos mais três imortais para a Academia.

“Membros atuais da ABL – Além de Fernanda Montenegro e Gilberto Gil, que devem entrar no quadro oficialmente apenas em 2022, a ABL conta atualmente com 35 membros, sendo eles:

  • Ana Maria Machado
  • Joaquim Falcão
  • Carlos Nejar
  • José Murilo de Carvalho
  • Cicero Sandroni
  • Carlos Diegues
  • Cleonice Berardinelli
  • Alberto da Costa e Silva
  • Rosiska Darcy de Oliveira
  • Ignácio de Loyola Brandão
  • Sergio Paulo Rouanet
  • Celso Lafer
  • Marco Lucchesi
  • Lygia Fagundes Telles
  • Arnaldo Niskier
  • Antônio Carlos Secchin
  • Paulo Coelho
  • João Almino
  • Antônio Torres
  • Geraldo Carneiro
  • Alberto Venancio Filho
  • Marcos Vinícios Rodrigues Vilaça
  • Antônio Cicero
  • Domício Proença Filho
  • Geraldo Holanda Cavalcanti
  • Nélida Piñon
  • Merval Pereira
  • Zuenir Ventura
  • Evanildo Bechara
  • Evaldo Cabral de Mello
  • Candido Mendes de Almeida
  • Fernando Henrique Cardoso
  • Arno Wehling
  • José Sarney
  • Edmar Lisboa Bacha”

Foto O diplomata mossoroense João Almino, o quarto potiguar a ocupar uma cadeira na Casa de Machado de Assis e o brasão institucional.