*Reynivaldo Brito
Quando criança, defronte a minha casa na então Rua da Santa Cruz, hoje Avenida Evência Brito, funcionava o Tabelionato de Notas cujo titular era seu Pedro Ribeiro Freire, o primeiro tabelião da Comarca de Ribeira do Pombal, que era um homem alto, magro, comportamento reservado e muito educado. Ele atendia às pessoas que o procuravam e passava quase o dia inteiro sentado diante de um livro imenso a anotar o conteúdo dos documentos que expedia com uma caneta de bico de pena, que constantemente mergulhava num tinteiro Parker em busca de mais tinta. Tinha uma caligrafia invejável.
Naquele tempo tínhamos aulas de Caligrafia na escola, e até um caderno próprio para aprimorarmos nossa escrita. Ele ficava na parte da frente da casa, a qual foi recentemente demolida. Era casado com d. Laurinda Freire uma senhora muito religiosa, e, quando existia a Capela de Santa Cruz, que ficava mais ou menos onde hoje está a casa do juiz, ela cuidava da Capela com um zelo quase de uma freira. Chegou o progresso e os homens insensíveis destruíram a Capela, o que foi muito sentido por d. Laurinda Freire e muitas outras pessoas que a frequentavam. Com o passar dos anos cultivei uma amizade fraterna com d. Laurinda Freire e com sua vizinha d. Teresa Morais, duas pessoas que guardo eterna gratidão pela maneira que se mostravam alegres quando eu chegava de férias de Salvador. Eram duas visitas certas, sinto não ter correspondido com mais atenção e carinho a estas duas senhoras tão especiais.
Voltando aos cartórios, depois que seu Pedro Freire faleceu as mulheres passaram a dominar esta atividade importante em nossa Cidade. Coube a Zilda Ribeiro Freire de Carvalho continuar com o Tabelionato de Notas de seu pai, enquanto d. Edith Dantas comandava o Cartório Civil dos Feitos Civis e Criminais e sua irmã Altair Lobo o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, e Maria Eunice Rodrigues Souza, a Nice, tocava os Cartórios do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o Cartório de Títulos e Documentos e posteriormente o Cartório de Registro de Imóveis e Hipotecas. Antes o Cartório de Registro de Imóveis tinha como titular outra mulher a jovem Mariza Brito Almeida, que pediu exoneração. Enquanto isto coube a d. Edith Dantas acumular interinamente até que Nice Rodrigues assumiu e depois fez concurso e tornou-se a titular.
Zilda Ribeiro Freire de Carvalho nasceu em 3 de junho de 1936, em Ribeira do Pombal filha de Pedro Ribeiro Freire e Laurinda Silva Freire. Seu pai exerceu o cargo de Tabelião de Notas de 1934 a 1960. Ela começou a ajudá-lo aos 16 anos de idade, e aos 19 anos foi nomeada como subtabeliã em 4 de agosto de 1955. Ao falecer seu pai teve que enfrentar outros concorrentes que com ajuda de líderes políticos pleiteavam o cargo de titular. Mas conseguiu sua nomeação como tabeliã interina em julho de 1960, permanecendo até 1964, ano em que foi confirmada como tabeliã titular, cargo que exerceu até sua aposentadoria em 1998. Casou-se em 31 de maio de 1967 com José Cerqueira de Carvalho, policial militar, conhecido por Zé Soldado, com que teve dois filhos: Tereza Jozilda Freire de Carvalho e Jozélio Freire de Carvalho, e faleceu no interior de sua residência, de causa natural no dia 18 de agosto de 2005.
Sua filha Tereza Josilda, hoje promotora na Cidade de Alagoinhas, lembra de sua dedicação ao cartório e da letra miúda de sua caligrafia, que tanto a caracterizava. “Era uma pessoa calma, de voz suave, orientando com paciência todos que procuravam o cartório, sem qualquer distinção de posição social. ”
E continuou Tereza Josilda,”meu irmão Jozélio, apesar de não ter seguido nenhuma carreira jurídica, também traz consigo os ensinamentos aprendidos com ela e com meu pai a ser paciente e a tratar todos com respeito e humildade, no exercício da Medicina”.
O sr. Vitalmiro Silva Freire, 60 anos de idade, começou a trabalhar no Cartório em 1967 com 14 aos de idade fazendo pequenos serviços. Em 1983 fez o concurso público para oficial de justiça e continua trabalhando. Atualmente, encontra-se de licença prêmio, e após o término dará entrada em sua aposentadoria. Trabalhou sete anos diretamente com Zilda Freire no Tabelionato de Notas.
Sua filha Tereza Josilda, hoje promotora na Cidade de Alagoinhas, lembra de sua dedicação ao cartório e da letra miúda de sua caligrafia, que tanto a caracterizava. “Era uma pessoa calma, de voz suave, orientando com paciência todos que procuravam o cartório, sem qualquer distinção de posição social. ”
E continuou Tereza Josilda,”meu irmão Jozélio, apesar de não ter seguido nenhuma carreira jurídica, também traz consigo os ensinamnetos aprendidos com ela e com meu pai a ser paciente e a tratar todos com respeito e humildade, no exercício da Medicina”.
Ele lembra também de Hortência Silva Freire “trabalhamos juntos, quando entrei ela já estava lá, fazíamos procuração, contrato de aluguel de imóveis, reconhecimento de firma, recebimento e entrega documentos, e no Cartório de Protesto que era anexo a gente cuidava dos protestos. Hortência redigia as procurações enquanto d. Zilda Freire fazia pessoalmente as escrituras.”
Hortência Silva Freire Santos, era sobrinha de Pedro Freire. Ela foi escrevente onde entrou em 1985 ficando até 2013 quando se aposentou. Conhecida por Sinhá prestou relevantes serviços no cartório. Seu único filho Aloisio Freire é professor universitário e advogado criminalista, atuando nos tribunais de segunda instância. Hortência Freire faleceu aos 64 anos de idade em fevereiro de 2020.
A Zilda Freire desde cedo ajudava seu pai Pedro Ribeiro Freire que foi o primeiro tabelião da comarca de Ribeira do Pombal, portanto teve uma boa escola e experiência. Eu não era oficialmente funcionário do Tabelionato, ela que me pagava. Aí surgiu uma oportunidade e fiz concurso para a Empresa Baiana de Agricultura – EBDA que ia se estabelecer aqui e fui aprovado, e hoje, estou aposentado desde o ano passado.” A Ebda foi extinta pelo governador petista Rui Costa.
Já seu irmão Altamiro Silva Freire disse que quando “Zilda Freire estava prestes a se aposentar quando foi realizado o concurso público para o Tabelionato de Notas, do Registro Civil e Registro de Imóveis promovido pelo juiz dr. Antônio Ramos. Foi quando Zilda Freire já aposentada foi substituida por Carlos Roberto, falecido.”
Diz Altamiro que Zilda Freire exerceu a sua função com muita competência. Ela herdou este dom do pai. Teve ainda outros irmãos : Pedro Ribeiro Freire, Antônio Ribeiro Freire, o Totonho, e Graciliana Ribeiro Sobrinha e Ziani Ribeiro Freire, todos falecidos.
O Altamiro Silva Freire, de 60 anos, começou a trabalhar em 1974 e fez o concurso para oficial de Justiça e informou que “estou prestes a me aposentar, pois já tenho 38 anos de serviço. Ela deixou o legado de ter trabalhado com dedicação e honestidade. Todos os comerciantes e muitos dos moradores de Ribeira do Pombal tiveram contato com ela no Tabelionato de Notas”.
Edith foi a primeira titular do Cartório Civil dos Feitos Civis e Criminais, e acumulou por algum tempo a função do Cartório de Imóveis e Hipotecas que era titular Mariza Brito Almeida, a qual renunciou ao cargo e se transferiu para São Paulo. Edith Dantas era solteira e não deixou descendentes. Nasceu em 21 de setembro de 1917 em Ribeira do Pombal e veio a falecer em 27 de abril de 2011, era filha de Maria Madalena Morais Araújo e João Dantas de Araújo. Ela trabalhou durante anos até se aposentar, e foi morar em Feira de Santana, onde faleceu.
Para falar de Maria Altair Dantas Lobo que durante muitos anos foi titular do Cartório de Registro Civil da Pessoas Naturais, do Município de Ribeira do Pombal entrei em contato com seu filho José Wellington Dantas Lobo, que atualmente reside em Feira de Santana. Ele veio do Rio Grande do Sul onde morava com a família disse que sua mãe “assumiu esta função aos dezoito anos de idade, e que é muito fácil falar sobre ela” . Em seguida citou o escritor gaúcho Luiz Fernando Verissimo que cunhou esta frase: “Mãe é poesia, tons, letras, dona de um amor que se recicla e nunca é desperdício”.
No cartório onde era a titular Maria Altair ou d. Altair registrou milhares de pessoas, casamentos, divórcios, e outros feitos acompanhando o crescimento populacional de Ribeira do Pombal. Foi morar na Rua da Ribeira, e quando casou com Arnaldo da Silva Lobo, natural de Canudos, e mais tarde com o nascimento dos filhos, mantinha uma sala na parte da frente onde funcionava o Cartório.
Com o falecimento de seu esposo Arnaldo da Silva Lobo, em 1961, d. Altair adquiriu outro imóvel próximo ao da sua mãe, afim de facilitar a educação dos filhos e consequentemente o funcionamento do Cartório, provisoriamente, até que a Prefeitura criou aquele espaço na lateral do prédio onde hoje funciona a Câmara Municipal, e todos os cartórios foram transferidos para este prédio.
Lembra Wellingon que “o dia de minha mãe começava cedinho e o Cartório era o centro de sua atenção. Ela acordava cedo abria o Cartório e depois voltava para arrumar os filhos para ir à escola. É bom salientar que tudo era feito na base da caneta, escrevendo mesmo. Todos os registros eram transcritos em enormes livros guardados por tempo indeterminado. Não existia computador. As máquinas de escrever eram poucas e os auxiliares transcreviam tudo dos livros para atender os clientes que solicitavam uma segunda via de uma Certidão de Nascimento, Casamento etc. “Disse ainda Wellington Lobo que “minha mãe nunca tirou férias e até mesmo para se aposentar ficou delongando a data de sua aposentadoria durante três anos. Ela tinha uma forte ligação com o Cartório. Lembro que muitas vezes uma pessoa vinha pedir uma segunda via de um antigo registro de nascimento e não dispunha de quase informação. Assim, era feita uma penosa pesquisa naqueles livros imensos, folha por folha até encontrar e transcrever na máquina de datilografia.” Do casamento com Arnaldo da Silva Lôbo tiveram quatro filhos: José Wellington, Antônio Windsor (1953-2019). Maria Wiclea e Arnaldo Wedson Dantas Lobo.
Já a Mariza Brito Almeida, hoje, Mariza Almeida Andrade, mora em Recife há mais de 30 anos, depois de ter constituído a sua família em São Paulo, capital. Mariza, entre 1956/1957, assim que Ribeira do Pombal passou a ser Comarca, foi nomeada, interinamente, como Oficial de Registro de Imóveis. Era Juiz, na época, o dr. Eliezer Benevides e o promotor, dr. Aluísio Batista. Pouco tempo depois foi realizado um concurso para Oficiais de Cartório e Mariza foi aprovada e efetivada no cargo. Durante dez anos, cercada pelos enormes livros de registro, sim os livros, acho que são do tamanho A2 além de bem volumosos, se dedicou a sua função com profissionalismo, muita dedicação e organização, além sempre estar bem humorada, característica da personalidade da família Almeida.
Nos conta Marluce Morais que “o cartório, inicialmente, funcionou em sua residência, até que a Prefeitura reuniu todos os Cartórios num mesmo local atrás do prédio onde atualmente funciona a Câmara Municipal. Nesse interim, a sua mãe e a sua única irmã se mudaram para São. Paulo, capital, para se reunirem com seus irmãos que já viviam ali. Tempos depois, foi à São Paulo para o casamento de um dos irmãos, e na oportunidade, conheceu Emmanuel Andrade, o Nelinho, como era conhecido. O coração falou mais alto e vieram a se casar. Ela pediu licença sem vencimentos de dois anos, em seguida a exoneração. Em São Paulo constituiu sua familia; são três filhos: Emmanuel Andrade Filho, engenheiro e empresário; Ana Amélia Almeida Andrade Veloso, arquiteta e Sylvia Maria Andrade Mailowisky, médica, esses filhos lhe deram seis netos.”
“Há mais ou menos 30 anos, seu marido foi transferido para Recife, onde a família se adaptou muito bem, e Mariza ali reside cercada dos filhos e netos, pois lamentavelmente, em 2000, ela ficou viúva. Mariza continua a ser a mulher forte e determinada, mantendo o bom humor e a elegância”,concluiu Marluce Morais
Batizada com o nome de Maria Eunice Rodrigues Souza, nasceu em Ribeira do Pombal em 27 de outubro de 1933, portanto, está com 89 anos de idade. Lúcida e ativa ela dirige seu carro e conversa sobre qualquer assunto com desembaraço e rapidez que lhe deixa perplexo. Ama a vida e sua família e diferente de muitas pessoas da sua idade gosta de viajar e curtir filhos e netos . Não fica se lamentando , ao contrário fala da sua luta e de seu trabalho onde exerceu por 46 anos o cargo como serventuária da Justiça. Mãe de cinco filhos : José Aguinaldo,Tereza Ivana, Adriano, Rita de Cássia e Jósé Alexandre e catorze netos.
É filha de João Rodrigues dos Santos, conhecido por João Santo, e Cecília Rodrigues da Conceição. Seu pai era Avaliador Judicial e tinha forte ligação com o chefe político de então Ferreira Brito. Certo dia seu pai lhe surpreendeu ao informar que ela tinha sido nomeada interinamente para o cargo de titular do Cartório de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas.Isto aconteceu no dia 12 de abril de 1957, afirma com precisão Nice Rodrigues. Durante dois anos trabalhou como interina e disse que reorganizou totalmente o cartório . Após exercer a função interinamente durante este período Nice Rodrigues fez concurso público e foi nomeada titular em 29 de março de 1959. Nesta época seu Cartório funcionava na casa de seus pais na Rua do Cemitério, hoje, Rua Oswaldo Brito, e depois que casou foi morar na Rua Princesa Izabel, nº 7 levando consigo o Cartório para seu novo endereço. Ela confessa que vivia insatisfeita porque o Cartório quase não tinha movimento, nem renda. Ribeira do Pombal tinha um comércio insipiente e as transações comerciais eram poucas.
Quando o juiz José Nilton Mendes Serra assumiu a Comarca convocou todos os titulares de cartórios e cada um fez sua exposição sobre o trabalho desenvolvido e as dificuldades. “Aí mostrei a necessidade do Cartório de Imóveis e Hipotecas ser anexado ao Cartório de Títulos e Documentos e Registro de Pessoa Jurídica o que ele concordou e providenciou. O juiz mandou que fosse até sua casa no dia seguinte para que pudesse tomar as medidas necessárias. O dr. José Nilton oficiou ao Tribunal de Justiça e à Secretaria da Justiça a necessidade de anexar o Cartório de Imóveis e Hipotecas ao de Títulos e Documentos e Registro de Pessoa Jurídica e assim foi feito.
“Certo dia fui a Salvador saber como andava o processo que determinava minha efetivação como titular do Cartório de Imóveis e Hipotecas e uma funcionária da Secretaria da Justiça disse que meu processo havia sumido. Mas, se prontificou a me ajudar e em seguida elaborou um ofício ao SAJ e através dr. Vanderlino Nogueira, já falecido, o processo foi reconstituido. Finalmente, já na gestão do juiz João Santana fui nomeada titular do Cartório de Imóveis e Hipotecas . Aí minha vida mudou e foram trinta anos de muito trabalho. Me aposentei em 2003, quase não vi a informática chegar ao Cartório. Tudo era feito a mão e eu adorava fazer os registros naqueles livros imensos. Modéstia à parte, tenho uma caligrafia bonita e isto pode ser comprovado nos livros onde registrei os feitos,” disse Nice Rodrigues.
Mas, para chegar ao cargo de titular Nice Rodrigues enfrentou muitas dificuldades e mostrou que é uma mulher guerreira. Basta recordar de dois episódios. O primeiro ela não tinha ainda sido nomeada como titular do Cartório e foi realizado em outubro de 1975, em Salvador, o II Encontro dos Oficiais de Registros de Imóveis do Brasil , no Salvador Praia Hotel. O juiz da Comarca dr. João Santana disse : A senhora vai participar. Redigiu um ofício me apresentando, dizendo que eu tinha sido aprovada no concurso e ainda não tinha saído a minha nomeação. Ai fui para Salvador pensando que o congresso seria realizado no Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora. Para minha surpresa ao chegar ao Fórum fui informada que estava sendo realizado no Salvador Praia Hotel, que ficava no bairro de Ondina, ( já demolido) portanto, bem longe do local onde estava hospedada. Já tinha sido dificil me hospedar porque no pensionato onde minhas primas estavam não tinha vaga, e a mulher não queria me receber. Devido a insistência de todos consegui me hospedar. Não tinha roupa, sapato e nem dinheiro para me deslocar para o tal congresso. Aí as meninas me emprestaram roupas e sapatos e até bolsas. Outra se dispôs a me dar carona de ida e volta. Quando cheguei ao hotel entrei na fila da inscrição pensando que era gratuita. Quando me informaram que a taxa era de Cr$500,00 saí da fila e fui sentar perto da recepção. A recepcionista me viu triste e perguntou e contei que não tinha dinheiro da inscrição. Ela se dirigiu ao presidente do encontro Júlio de Oliveira Chagas Neto contou a minha história e ele já veio ao meu encontro com uma pasta com todo o material e me inscreveu. ”
O outro episódio foi quando a funcionária da Secretaria de Justiça d. Terezinha Santos me informou que tinham perdido o meu processo de nomeação. Aí ela redigiu um ofício e precisava da assinatura do diretor do SAJ, que não lembro o nome. Já era perto das 19 horas e quando consegui o ofício ele já não estava no seu gabinete e fui encontrá-lo na porta do elevador. Peguei este homem pelo braço. Ele tomou um susto e aí expliquei o meu problema. Sei que ele voltou e assinou o tal ofício. No dia seguinte fui procurar o dr. Vanderlino Nogueira que mandou reconstituir todo o processo. Foi muita angústia e dificuldades que enfrentei. Mas, venci”, conclui Nice Rodrigues.
NR- Quero agradecer a Hamilton Rodrigues e também a Marluce Morais pela sua disposição em buscar informações sobre Mariza Almeida Carvalho para que este texto pudesse apresentar as primeiras titulares dos cartórios de nossa Cidade.