*Da Redação
Personagem do livro O spleen de Natal, de Franklin Jorge [Editora da Universidade Federal do RN, V. 1, 2ª edição, Natal,2000], Águeda Ferreira é atriz e dramaturga de grande talento, autora de Que molesta de vida, peça encenada por Costa Filho, talentoso diretor precocemente falecido. Por sua crueza e realismo, que molesta de vida seria o contraponto, produzido por uma mulher, da peça Navalha na carne, de Plínio Marcos, que uma década antes revolucionou o teatro brasileiro.
Apresentada no Teatro Municipal Sandoval Wanderley, em fins dos anos de 1979, tendo como protagonista da própria autora, a peça e a atriz despertaram o interesse do escritor e jornalista que na época era editor de cultura do jornal Tribuna do Norte e assinava a coluna cultural mais lida do nosso jornalismo.
Franklin deparou com o talento de Águeda Ferreira, primeiro, como atriz, em 1978, na pela O Capeta de Caruaru, dirigida por Jesiel Figueiredo sob o patrocínio do Serviço Social da Indústria-SESI, na qual ela fazia o papel de Cosma, traída por uma jumenta. ficou encantado com o seu talento histriônico.
Desde então, Franklin Jorge escreveu e publicou vários textos e entrevistas que ressaltam o talento da autora que começou a vida como vendedora de baganas nas imediações de uma escola em Dix-sept Rosado e, depois, como cobradora em uma empresa de ônibus, antes de escrever e de subir aos palcos, quando despertou o interesse do público por seu exuberante talento e verve histriônica.
Veja abaixo, em vídeo recentemente gravado, uma amostra de seu talento de comediante.