• search
  • Entrar — Criar Conta

Quem dá panos para mangas

  Fundador de Navegos volta ao tema do mundo e, dos dois principais atores do teatro politico local, acaba por debuxar um cenário que não prenuncia nenhum bem.

*Franklin Jorge

[email protected]

A candidatura o senador Styvenson Valentim ao Governo do Estado parece ser uma espécie de divisor de águas. Redimensiona o quadro eleitoral e desnuda uma realidade que alguns, como o ex-prefeito de natal, Carlos Eduardo, não teve a necessária acuidade analítica para perceber. Fora mais esperto e detentor de alguma mínima parcela da esperteza do pai, o ex-prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves, e seria o próximo governador do Rio Grande do Norte.

Styvenson entrou no páreo de 24ª hora e já provocou um abalo na autoconfiança da governadora. E, por sua índole e natureza narcísica e autossuficiente, ainda vai dar muitos motivos para discussões e falatórios. De fato, é uma personalidade complexa e contraditória que conta em seu favor, como senador, não ter se aproveitado da verba publica com a mesma gana de outros que detém mandatos.

Além de sua conhecida impulsividade e propensão a rompantes e histrionismos que nos fariam rir se não beirassem o ridículo e o grotesco, como ressuscitar a velhíssima e aposentada palmatoria para combater a corrupção, revelou-se, por último, um edipiano que depende da mãe para tomar decisões, o que põe em dúvida um eventual governo seu. Preferia que tivesse ideias e não apenas rompantes. Sua melhor performance, além de não ter sangrado os recursos colocados à sua disposição pelo mandato, a mais significativa, no entanto, foi ter detido um deputado que dirigia embriagado e parecia carregar doze reis na barriga rosada. Apesar disto, constitui uma ameaça real à reeleição da sindicalista contumaz que ocupou o governo para matar a sua fome de pipocas e, sob o pretexto de vender na França o queijo produzido no Caicó, fez turismo às custas dos contribuintes…

Performance por performance, a do senador tem resultado insignificante em matéria de gastos. Ele não precisou ir à Europa com a sua trupe de arrivistas. Não contrabandeou queijos nem ludibriou as autoridades sanitárias. Não gastou a verba publica com pipocas. Não promoveu sessões de macumba. apenas mandou confeccionar algumas palmatórias tamanho-família… Já não se pode dizer o mesmo de Fátima Bezerra e sua fome de Bokus.