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Queremos respeito à Constituição

Articulista de Navegos expõe situação que tira o sono e a esperança de milhões de brasileiros e bota fé no levante do próximo dia 15 de março.

*Reynivaldo Brito

Este conflito entre grande parte da sociedade, o Legislativo, Judiciário e o Executivo é um reflexo da situação que se encontra nosso país, onde a corrupção passou a ser tida como algo natural para alguns políticos, militantes e togados. Confundir o público com o privado tem sido uma regra na política brasileira e as provas estão aí com vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e até ex-presidentes acusados e condenados de envolvimento em corrupção. Uma tragédia nacional que muitas vezes não é percebida em toda sua extensão por corporações ligadas ideologicamente ou religiosamente a esses políticos.

Eles só aceitam legislar em causa própria ou quando lhes proporciona alguma vantagem.

Pressão da sociedade para eles é ilegítima. Confundir o público com o privado é normal. Parece até que esquecem que não mais vivem numa ilha de fantasia, onde podem tudo. Isto tem que acabar. Estes privilégios incompatíveis com um país sério e republicano tem que ter um final. Isto sim, que fazem é abuso de poder e de autoridade.

Esta manifestação do dia 15 de março próximo deve ser uma das maiores já realizadas até agora para mostrar aos políticos e togados a força do povo. O Rodrigo Maia, Alcolumbre e Toffoli devem refletir que as instituições têm que funcionar para o bem do povo e não para benefício de seus membros, parentes, amigos e apaniguados.

O Brasil está mudando, e mudando para melhor, e alguns dirigentes dessas instituições insistem em trabalhar ao contrário , num claro objetivo de estabelecer o confronto.

Estes políticos não podem usurpar a administração do
orçamento que é do Executivo. O Judiciário não pode legislar.

Quando surgiram as primeiras postagens convocando a manifestação para o dia15 de março elas vieram espontaneamente de alguns movimentos de rua e de pessoas indignadas principalmente com o protagonismo de Rodrigo Maia e Alcolumbre que querem usurpar uma prerrogativa do Executivo que é a administração do Orçamento. Esta investida não pode ser aceita, e não será aceita pela sociedade.

Já assistimos recentemente algumas vezes o Judiciário usurpar prerrogativa do Legislativo, isto porque os partidos de esquerda judicializam todas as vezes que são derrotados nas votações do Plenário ou nas comissões. Eles têm uma predileção por judicializar e assim dão ao Judiciário abertura para que legisle.

Reynivaldo Brito é jornalista e crítico de arte.