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Radiolão, a escandalosa maracutaia eleitoral

Colaborador de Navegos escreve sobre fraude que prejudica a reeleição do Presidente Jair Bolsonaro e desacredita, de maneira notória, a atuação do Tribunal Superior Eleitoral.

*Reynivaldo Brito

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O Brasil não é para principiantes,” disse o consagrado e saudoso maestro Tom Jobim. Realmente a cada dia somos surpreendidos por ações e escândalos que nos deixam atordoados. Agora, uma gigantesca fraude acaba de ser descoberta pelos membros da Campanha do Presidente Bolsonaro. Nada menos que mais de 150 mil inserções em rádios deixaram de ser feitas em mais de mil emissoras de rádio nas regiões Norte e Nordeste. Este número deve ser ainda maior quando forem computadas as inserções que não foram ao ar em outras regiões do país. Depois da denúncia feita pelo Ministro das Comunicações, Fábio Faria e o chefe da SECOM, Fábio Wajngarten, que apresentaram as provas coletadas por duas auditorias especializadas em acompanhar o trabalho das mídias em nosso país, o o ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para a apresentação de novas provas.

No dia seguinte, foram apresentadas as provas exigidas dentro do prazo estipulado, e o Presidente do TSE, Alexandre de Moraes demitiu sumariamente o funcionário Alexandre Machado, responsável por cuidar das mídias, e o mesmo foi conduzido pela segurança do tribunal para fora do prédio e teve seu crachá recolhido. Em atitude contínua o ministro açodadamente rejeitou as denúncias e encaminhou as provas apresentadas para o seu particular inquérito conhecido por Inquérito do Fim do Mundo. A descoberta desta fraude movimentou no dia de ontem o Congresso Nacional e a política em todo o país porque causou um dano irreparável à Campanha do Presidente. Por isto, alguns juristas, políticos e gente que trabalha com mídia defendem até o adiamento das eleições para o dia 30 de novembro para que possam ser repostas as inserções surrupiadas.

O presidente do TSE Alexandre de Moraes e os demais integrantes, que sempre apoiam suas ações discutíveis, ao invés de providenciar imediatamente checar as denúncias apresentadas simplesmente tomou esta atitude de transformar os denunciantes em réus e disse que o TSE não era responsável pela fiscalização. Só que o funcionário demitido imediatamente procurou a Polícia Federal e deu um depoimento onde revela que desde 2018 vem avisando à sua chefe superior Ludmila Maluf, que trabalha no gabinete de Alexandre de Moraes, sobre a fragilidade da fiscalização e que era preciso reforçá-la, o que voltou a fazer recentemente. Em resposta foi demitido e acusado de assédio moral. Portanto, parece que estão tentando esconder algo grave que tem que ser investigado até as últimas consequências. É bom lembrar que o rádio muitas vezes na zona rural e nos rincões mais afastados dos centros urbanos é o único elemento de comunicação. Muitas vezes as pessoas ligam ao acordar e o deixam ligado até a hora de dormir procurando se entreter e se informar do que está acontecendo em sua região e em seu país.