*Bruno Cena Macedo
O número de adeptos da restauração da monarquia brasileira cada vez mais está crescendo, pesquisas apontam que mais de 30 mil pessoas preferem o regime monárquico em vez da república presidencialista em vigor atualmente. O retorno da forma de governo que perdurou no Brasil até 1889, não é vista como uma “solução mágica” para a crise política que assola a conjuntura atual, mas como uma possibilidade de renovação política em nosso país.
Os vários grupos formados em diferentes estados da federação, organizados por diretórios estaduais, é composto em sua maioria por jovens que usam as mídias digitais para organizar atos, encontros e divulgar os ideais monárquicos.
Desde 1993, ano em que houve um plebiscito onde os brasileiros puderam votar para escolher a forma e sistema de governo (Monarquia X República; Parlamentarismo X Presidencialismo) nunca então o movimento havia ganhado tanta ênfase como agora. Em 2017 uma proposta de Ideia Legislativa foi encaminhada ao Senado Federal para ser votada de forma virtual através de E-cidadania, a proposta recebeu quase 36 mil apoios.
Vários membros da família imperial brasileira estão a frente dos movimentos, a figura de maior visibilidade é o Príncipe Imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança (segundo na linha de sucessão, se o antigo trono imperial brasileiro foi restaurado) em primeiro lugar encontra seu irmão Dom Luís Gastão de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil (bisneto da Princesa Isabel do Brasil e tetraneto de Dom Pedro II, segundo e último Imperador do Brasil), Sua Alteza Imperial e Real como é chamado por muitos, possui uma saúde frágil, sendo quase sempre substituído por seu irmão, Dom Bertrand.
Os monarquistas sustentam que a restauração é necessária, pois a república não foi resultado da vontade popular, mas da vontade de meia dúzia de militares e ao longo do tempo a mesma tem se mostrado incapaz de garantir estabilidade política ao país.
Reino Unido, Espanha, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Suécia, Noruega, Japão, Luxemburgo, Mônaco, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Andorra são países que possuem a monarquia constitucional como forma de governo, sendo democracias progressistas altamente desenvolvidas.
O interesse do chefe de estado em uma monarquia não está pautado em seu salário ou nos proveitos que irá usufruir estando no cargo, mas sobretudo no equilíbrio dos poderes, na estabilidade social e política e no bem-estar da nação.
Fica evidente que esse movimento não se trata apenas de uma visão conturbada ou obsoleta de alguns conservadores, mas de um número considerável de brasileiros conscientes de seu papel enquanto cidadãos, que preservam valores e traços de historicidade adquiridos de nossos pais fundadores. A restauração da monarquia brasileira é de fato uma perspectiva de realidade.