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Retrato falado de Ana Paula Cajaty

Pertencente a uma nova geração de escritores cariocas, a um tempo concisos e sofisticados, Ana Paula Cajary se inscreve em uma linhagem que foge ai lugar comum e marca o seu espaço com indescritível personagem

*Franklin Jorge

Quando nasceu?

31 de outubro de 1975

Onde?

Rio de Janeiro

Como se chamam seus pais?

Pedro Paulo Marques Cajaty e Lúcia de Brito Roméro Cajaty

De onde são?

Rio de Janeiro

O que você herdou do seu pai?

O temperamento.

E de sua mãe?

A obstinação.

Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.

A leitura foi puxada pelos avós que incentivavam e eram exemplos de pessoas para quem a cultura era um bem imaterial e um diferencial para uma vida mais rica.

Quem é você?

Ainda menina, um pouco mais crescida apenas, sou mãe de duas meninas que me puxam de volta para as delícias da infância, entre as mais importantes a possibilidade de ver as coisas de outro modo, a ausência de pré-conceitos, a não-aceitação de limites, a animação e a curiosidade, tudo o que traz um poeta, um escritor, para próximo de sua voz e do seu público.

Mais fatos.

Fui muito precoce, também. Como a leitura se manifestou bem cedo, pulei dois anos à frente. Isso me fez aprender a conviver com pessoas mais maduras, e com pessoas mais jovens que eu.

E sua infância?

Bastante rica, acho que fiz quase tudo o que queria.

Como brincava?

Mais de coisas de menino, do que de coisas de menina, por isso a travessura era além da média.

Quando deixou sua terra?

Nunca, e capaz que não a deixe, minhas raízes com o passado são fundas demais, não me imagino vivendo em outra cidade por mais de 30 dias.

Que coisas tem feito?

Trabalhado bastante em projetos pessoais, sem deixar a literatura de lado, muito embora eu tenha lido mais, ultimamente, do que escrito. Mas escrever, pra mim, é uma coisa que acontece em fases. Eu respeito muito as minhas luas, as minhas marés.