*Franklin Jorge
Quando nasceu?
Em 10 de setembro de 1939, no clamor da 2ª Guerra Mundial.. Infância vivida na paisagem bucólica do sertão, em contato com a natureza.
Onde?
Natal-Rn. Foi trazido ao mundo pelas mãos da parteira Dona Adelaide, na residência da Av. Rio Branco (xaria, portanto).
Como se chamam seus pais?
Filho do Magistrado José Gomes da Costa e D. Maria Ligia de Miranda, Senhora do lar.
De onde são?
Papai de Taipu-RN e mamãe de Natal, mas de família mossoroense.
O que você herdou do seu pai?
A lucidez interpretativa, amor à leitura, coragem de tomar decisões, por mais difíceis que sejam, dedicação à família e fidelidade aos amigos.
E de sua mãe?
A doçura, o carinho, o amor ao próximo, a pacificação e compreensão das pessoas de qualquer origem.
Dê-me fatos para esclarecimento de heranças?
Segui os passos do meu pai na vida pública, procurando tomar decisões prudentes e ensinando na Faculdade de Direito até atingir a idade compulsória. Assíduo e dedicado a tudo o que fiz na vida.
Quem é você?
Sou um homem integralmente simples, inimigo da vaidade em todos os sentidos, principalmente em querer aparecer como possuidor de muita cultura para humilhar o semelhante. Sou bom leitor. Odeio os falsos e pretensiosos homens de entidades culturais que querem mostrar o que não são. Me identifico com os intelectuais anônimos. Sou amigo dos verdadeiros amigos e dedicado inteiramente à família. Vivo da lembrança da minha saudosa esposa que foi quem possibilitou todas as minhas vitórias e me deu alento às derrotas. Para ela dedico os últimos momentos da minha vida.
E sua infância?
ais fatos. Infância bem vivida na paisagem bucólica do sertão, em contato com a natureza. Tive uma infância feliz com meus pais, irmãos/irmãs; primos/primas e alguns amigos e apesar das dificuldades financeiras de papai, tive liberdade de viver com alguma regalia. Primeiros estudos com Professoras particulares em Angicos, Canguaretama e Macaíba Primário regular no Instituto Batista do Natal.
Mais fatos.
[Não respondeu]
Como brincava?
Frequentava os campos de futebol levado por ele; o circo; cinema, fazendo viagens de trem. Pratiquei as traquinagens comuns da minha idade; jogos de biloca, pião, peladas de futebol e banhos nos rios das cidades por onde passei. Tive facilidade em me adaptar às mudanças que encontrava nas cidades nas quais morei, entre 1945 e 1948. Retornando a Natal as coisas se modificaram um pouco em razão das maiores opções de divertimentos – cinemas, festas da mocidade, programas de auditório de rádio, escola regular, tomar bonde em movimento, passeios de bicicleta, maior quantidade de amigos, estudei na Escola de Música do maestro Waldermar de Almeida..
Que coisas tem feito?
Desde que venci os primeiros caminhos das letras, e me afastando da fantasia de ser um artista, ingressei no 2º grau no Ginásio Natal. Científico no Colégio Estadual do Atheneu Norteriograndense e Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela tradicional Faculdade de Direito da Ribeira/UFRN, turma de 1968 (que comemora este ano 50 anos). Especialização em Direito Civil e Comercial na UFRN, Mestre em Direito Público (Ordem Constitucional) pela Universidade Federal do Ceará-UFC, em convênio com a UNIPEC, hoje UnP e URRN. Após o longo período de atividades aposentei-me e continuei a trabalhar junto às entidades culturais – IHGRN, Academias de Macaíba, de Ceará Mirim, ANRL, ALEJURN e semanalmente frequentando confrarias de amigos para bons papos. Sempre escrevendo alguma coisa para publicar, em artigos e livros, palestras e debates. Agora com a pandemia estou recluso, mas ativo pelos meios cibernéticos e em casa cuido do jardim, desde que minha amada THEREZA se foi, recuperando imagens quebradas, pintando quadros e ultimando minhas memórias.
Quando deixou sua terra?
Eu nunca deixei a minha terra. Sou excessivamente um provinciano. Só morei fora (Recife) em fase de estudos para o vestibular.
