*Franklin Jorge
Quando nasceu?
Às 20h de um dia primeiro de julho de um ano ímpar.
Onde?
Natal – Rio Grande do Norte.
Como se chamam seus pais?
João Freire Bezerra e Luiza Cabral Freire.
De onde são?
Papai, de Pendências e mamãe de Assu. Essa associação só podia dar um excelente produto de mercado.
O que você herdou do seu pai?
O desejo de ajudar a todo mundo e de tentar ser jusa sem ser piegas.
E de sua mãe?
O gênio e o feelling para identificar as pessoas boas.
Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.
Acho que o sangue de assuense que tem poesia nas veias um aguçado senso crítico além da capacidade de interagir rápido com as pessoas e porque os freires de papai são batalhadores e lutam junto uns ajudando aos outros em todos os momentos da vida. Das festas aos velórios, da saúde a doença quase uma profissão de fé como se reza na igreja.
Quem é você?
Um ser em movimento e eternamente contrária às injustiças, falsidades e covardias praticadas contra o ser humano.
Mais fatos.
Atualmente tenho como causa a luta pela inclusão e respeito aos deficientes em locais públicos e privados. Na verdade, já defendia a causa antes de ter deficiência adquirida.
E sua infância?
Tranquila. Como qualquer criança com pais pobres e trabalhadores que sempre lutaram e nos proporcionaram boa educação, cuidados com a saúde e nos conscientizaram a respeitar os outros.
Como brincava?
Com brinquedos que Papai Noel – de verdade -, meu pai, fazia para mim e irmãs e a gente achava bacanérrimos. Depois, quando a gente cresceu, percebeu que o dinheiro era curto e a poesia, enorme, o que não existe atualmente. O mais interessante é que, apesar das dificuldades, éramos felizes. Talvez aí esteja o verdadeiro sentido do Natal. A emoção desprovida de valor financeiro.
Quando deixou sua terra?
Não deixei. Vivo nela até hoje e acho que vou ficar por aqui ainda por muito tempo.
Que coisas tem feito?
Trabalhar muito, mas de maneira prazerosa, porque abraçamos uma causa nobre – a sustentabilidade dos pequenos empreendimentos. Ao mesmo tempo em que levo uma vida pessoal com amigos escolhidos a dedo, depois de uma fase de depuração. Cuido de quem cuida de mim. Sou amiga mesmo, na essência da palavra. Que é meu amigo e está na minha lista de e-mails, não queira sair (risos). Acredito que ainda podemos viver num mundo melhor.
