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Retrato falado de Edilson Alves de França

Procurador regional federal aposentado, professor da Faculdade de Direito da UFRN, Colaborador de Navegos, cujo livro Manual e Teoria do Direito Eleitoral foi publicado pela Editora Feedback, que mantém esta revista, responde a este questionário enquanto escreve o seu Dicionário da Corrupção no Brasil.

.*Franklin Jorge

Quando nasceu?

Não posso comemorar… Nasci no dia em que os americanos soltaram aquela bomba em Nagasaki.

Onde?

Aqui mesmo, na cidade do Natal.

Como se chamam seus pais?

Otacílio Alves de França e Francisca Alves da Costa e França.

De onde são?

Macaíba e Caicó, respectivamente.

O que você herdou do seu pai?

Caracteres físicos e morais, estes, mais acentuados.

E de sua mãe?

Sensibilidade estética e vontade de ir além.

Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.

O próprio exercício de minhas atividades profissionais. Tanto como professor como procurador, nunca deixei de aliar a qualidade do meu trabalho à seriedade e à retidão de caráter hauridas das lições dos meus pais.

Quem é você?

Um brasileiro feliz, como poucos. Um sonhador romântico e, lamentavelmente, perfeccionista.

Mais fatos.

Os fins de semana são para a família: não tem pra ninguém. O que sobra de tempo fica para os sonhos e ara a busca de aperfeiçoamento em todos os níveis. Os amigos têm me perdoado…

E sua infância?

Inesquecível. Minha geração, em regra, foi feliz na infância. Apanhava-se dos pais, mas se tinha sítios ecológicos, ruas e criatividade à vontade. Não existia a escravatura consumista de hoje. Os pais tinham tempo para os filhos e estes tinham todo o tempo do mundo prá brincar. As exigências eram mais racionais.

Como brincava?

Bastava uma bola de borracha e estava feita a farra. Não havendo bola, era só riscar o chão e dividir os lados para a “Bandeirinha” ou o “Garrafão”… Rememorando a infância com colegas, contamos cerca de vinte brinquedos que nós mesmos fazíamos. Carros de todos os tipos, baladeiras, corujas, pião, patinete de rolimãs constituíam o nosso acervo de felicidade. Infelizmente o consumismo acabou com essa escola de criatividade.

Quando deixou sua terra?

Não deixei, ainda… E só irei embora daqui sob os mais veementes protestos.

Que coisas tem feito?

Além da rotina diária de trabalho, amenizada pelo encontro afetivo com os netos, estou escrevendo dois livros ao mesmo tempo: um sério, sobre responsabilidade civil; outro, relativamente hilário, como divertimento, aproveitando algumas teses bizarras de “modernos juristas”.

 

 

 

Em destaque, o Procurador Regional aposentado Edilson Alves de França; acima, capa do livro editado pela Feedback, que mantém esta revista.