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Retrato falado de Francisco Alexsandro Soares Alves

Para não incorrermos em erros, diria de Francisco Alexsandro Soares Alves que se trata de um autêntico e insofismável talento poético forjado em leituras variadas e profundos, como raramente vimos entre nós, uma terra terra habitada por talentos e vaidades rasteiras. o que escreve define o talento e o coloca em destaque no Parnaso poético.

*Franklin Jorge

Quando nasceu?

Numa quarta-feira, 22 de janeiro de 1975, às 10:45 de uma noite de Quarto Crescente.

Onde?

Na Maternidade Januário Cicco.

Como se chamam seus pais?

José de Anchieta Alves e Maria Salete Soares Alves.

De onde são?

De Riachuêlo, município do Agreste Potiguar, cujo um dos fundadores é o meu avô materno, Senhor Amélio de Azevedo.

O que você herdou de seu pai?

Com quatro anos meus pais separaram-se, e até os 14 anos não tive contato contínuo com ele. De forma que minha herança dele é apenas biológica.

E de sua mãe?

A honestidade, a firmeza de caráter e a compreensão de problemas sociais.

Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.

Em 1986, aos 11 anos, em Recife, nós tínhamos uma empregada chamada Judith, uma pessoa muito amada lá em casa. Certo dia, minha avó materna, Dona Lourdes, descobriu que Judith estava roubando mantimentos da dispensa. Então, naquele dia, antes de ir para casa, vovó pediu para Judith abrir a mala dela. Estavam na sala de estar minha mãe, vovó, eu e meus dois irmãos. Judith começou a chorar. Todos choramos. Ela abriu a mala e lá estavam muitos mantimentos. Vovó desejou chamar a polícia, porém minha mãe, com sabedoria e sensibilidade não permitiu. Houve uma longa conversa com Judith e ela permaneceu conosco. E nunca mais isso aconteceu novamente. O diálogo e o amor podem mudar as pessoas.

Quem é você?

Um brasileiro, nordestino, potiguar, natalense com raízes no Agreste do estado, em Riachuêlo. Eu sou protetor de animais, sociólogo, professor, escritor e amante das letras e da música erudita.

Mais fatos.

Recentemente terminei meu primeiro livro de poemas, além de um estudo sobre Wagner. E estou escrevendo para a Navegos artigos sobre literatura, cinema, música e arte em geral.

E sua infância?

Foi excelente.

Como brincava?

De brincadeiras tradicionais como esconde-esconde, pega-pega, detetive, bolinha de gude, além de andar de bicicleta e jogar videogame, lá em casa nós tínhamos o Onyx Junior e o Dactar, versões brasileiras do Atari.

Quando deixou sua terra?

Aos quatro anos.

Que coisas tem feito?

Estou iniciando meu segundo livro de poemas, Vontade de Poder, onde celebro as ideias e o pensamento de Nietzsche, que leio desde os 17 anos.