*Franklin Jorge
Quando nasceu?
Em agosto de 1958
Onde?
Em Natal.
Como se chamam seus pais?
Manoel Benício e Lêda
O que herdou de seu Pai?
O respeito pelo outro e pelos animais, além de muitas outras manias que a gente vai descobrindo…
E de sua mãe?
A habilidade em simplificar as coisas. E outras manias…
Quem é você?
Pergunta difícil…Mas posso dizer que sou amiga das coisas verdadeiras, gosto de ajudar a quem precisa e estou sempre envolvida em alguma coisa. Gosto de simplificar.
Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.
Me dê uma pista… A minha fase mais marcante foi a adolescência nos anos 70, vivi com paixão aquelas mudanças, os conflitos de geração fortíssimos da época em casa, nas artes, nas roupas, nas relações de namoro e amizade e depois que o sonho acabou, finalmente acho que virei a adulta que desejei ser, meio nômade mas ligada na raiz.
E sua infância?
Lembro bem das férias na fazenda de meus avós no Seridó, do veraneio na praia com muitos primos e vizinhos, do quintal de casa com pé goiaba e jaboticaba, do jardim de infância com sapoti e as freiras do CIC. E uma pressa enorme de ficar logo adulta…
Como brincava?
Desenhar e pintar, eram coisas que eu preferia.
Mais fatos.
O encontro com essa coisa bem complicada que é a cultura daqui. Natal não tem suporte cultural e os artistas são considerados marginais. Eu vi, na galeria que tive no Mercado de Petrópolis, como alguns destratavam a arte.
Quando deixou sua terra?
Deixar não deixei, morei fora, aprendi coisas diferentes, fiz amigos, mas pra aqui voltei.
Que coisas tem feito?
Pintar, bordar e ler é o que mais tenho feito além de construir uma escola em Pium, que, quando passar a pandemia estará pronta pra abrir.