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Retrato falado de Valéria Oliveira

Formada em engenharia civil pela UFRN, Valeria Silva Oliveira tornou-se cantora profissional e tem realizado desde então muitos trabalhos relacionados à música autoral.

*Franklin Jorge

Quando nasceu?

17 de abril de 1969

Onde?

Natal – Rio Grande do Norte

Como se chamam seus pais?

Josaphá Borges de Oliveira e Wandirce Silva de Oliveira

De onde são?

Meu pai é paraibano e minha mãe nascida no Rio Grande do Norte

O que você herdou do seu pai?

Dos muitos bons exemplos que eu e meus irmãos tivemos do meu pai, herdei o compromisso com a honestidade, a vontade de crescer pelo próprio esforço e trabalho e também um aspecto da personalidade dele, a timidez.

E de sua mãe?

Minha mãe foi uma pessoa muito boa, iluminada, que passou por essa existência. Além dos traços físicos, herdei dela alguns valores como senso de justiça, coerência, ter o pé no chão nas oportunidades que a vida nos apresenta e também a alegria de cantar.

Dê-me fatos para esclarecimento de heranças.

[Não respondeu]

 Quem é você?

Uma aprendiz de mim mesma, que busca nos erros cometidos lições de vida. Entre tantas outras coisas, uma pessoa que tem aversão à falsidade e a pessoas que se julgam superiores, humilhando e desdenhando das outras. Alguém que gostaria que o respeito pelo outro e a ética profissional imperassem em lugar do poder e da ganância.

Mais fatos.

[Não respondeu]

 E sua infância?

Foi muito boa, rodeada por uma família amorosa composta por meus pais e mais cinco irmãos mais velhos. Cresci no bairro das Rocas e aos 7 anos de idade nos mudamos para o novíssimo bairro da Candelária. Lá estudei, fiz amigos e morei, se não me falha a memória, até os vinte e dois anos de idade.

Como brincava?

Nas Rocas brincávamos em frente à nossa casa de academia, tica, 31 alerta, brincadeiras comuns às crianças daquela idade, sob o olhar sempre atento da minha mãe que nos impunha muitos limites. Quando mudamos para Candelária, gostava muito de jogar queimada, na escola e na rua também, com meus amigos vizinhos. Também gostávamos de brincar de casa montada em nosso quintal e de esconde-esconde nos tubos de águas pluviais, antes da pavimentação da Prudente de Moraes.

 Quando deixou sua terra?

Nunca deixei minha terra. Hoje entendo um pouco melhor porque é tão difícil deixar o país, especialmente Natal, essa cidade tão acolhedora, mas não me acomodo à idéia de que não possa sair para morar fora por um tempo. Passei 3 temporadas de no máximo 3 meses no Japão (2000,2001 e 2002), onde fiz shows, participei de turnê pelo país junto com Wanda Sá, participei de programas de rádios e gravei CDs. Dessas temporadas tenho como saldo positivo uma parceria importantíssima para minha carreira artística, e porque não dizer uma amizade, com o produtor e músico japonês Kazuo Yoshida. Com ele realizei quatro CDs, incluindo a parceria na produção do meu novo CD “leve só as pedras”. Também estive em temporada na Suíça durante 3 anos (2003,2004 e 2007) fazendo shows, participando de festivais e promovendo o CD em rádios daquele país.

Que coisas tem feito?

Tenho me dedicado muito às duas coisas que mais gosto, cantar e compor. Assim, tenho dividido meu tempo entre os lançamentos do “leve só as pedras” pelo Brasil – tendo efetivamente já realizado em Natal, São Paulo e Fortaleza – e em 5 apresentações na Suíça e às novas composições. São músicas para um próximo trabalho, trilhas de espetáculos e composição de músicas voltadas para o carnaval da cidade, que fazem parte do projeto “sem perder o passo” edição 2009. Paralelamente, tenho me dedicado à elaboração de projetos em parceria com outros artistas que visam principalmente à valorização da música autoral do RN e participado de feiras e palestras sobre música independente, entre outras responsabilidades, que fazem parte da carreira de uma artista independente que vive e trabalha na pacata Natal.