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RN sem norte e sem sorte

Fundador de Navegos traça em poucas linhas um quadro que espelha o cenário eleitoral, marcado por um protagonismo trágico-cômico.

*Franklin Jorge

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Ao desistir de disputar o governo do estado nas próximas eleições, o empresário Haroldo Azevedo privou o Rio Grande do Norte do melhor e talvez do único nome apto a repor a máquina administrativa nos trilhos, após uma sucessão de governantes incapazes, comprometidos apenas com os seus próprios interesses e projetos de poder.

Causa espécie que tenhamos, por descuido ou alienação, entregue o governo do estado, há anos desgovernado ou pasto de abutres famélicos, a um ror de despreparados e incautos que em vez de solucionar problemas já crônicos, contribuíram para agrava-los e aumentar nossas agruras e desconfiança no futuro.

Em consequência de uma já longa e perniciosa cadeia de eventos eleitorais hostis aos interesses populares, vive a terra potiguar, hoje, nos limites de sua capacidade de resistência. Incapaz de sobreviver à reedição de erros e omissões passados e presentes, estará o Rio Grande do Norte condenado a uma longa sofrência. Sobretudo se nos faltar a sombra e a luz de um Governo Federa, como o do Presidente Jair Bolsonaro,l comprometido com valores conservadores e liberais, capaz de repor a ordem e investir no progresso e no desenvolvimento do país, por uma quinzena de anos sistemática e metodicamente saqueado e devastado por governos petistas.

Contudo, pelo que está exposto e à vista de todos, como opções de voto, não nos parece tarefa fácil tirar o Rio Grande do Norte do buraco abissal em que se encontra há três ou quatro gerações que nos legaram esse aterrador vazio de homens, de ideias e projetos de governo. Nossas grandes referencias de governantes visionários continuam sendo, todas elas, oriundas do século passado: Aluizio Alves e José Cortez Pereira, os dois únicos governadores, nos últimos cinquenta anos, a pensar suas ações como um legado para futuras gerações. Os demais governadores que se seguiram a esses dois governantes esclarecidos pugnaram apenas por seus interesses e de seus apoiadores, discriminando todos os demais potiguares, úteis apenas como eleitores, não como cidadãos pagadores de impostos, merecedores de respeito e de consideração.

Das candidaturas postas, no momento, parece ser a do ex-deputado Fábio Dantas a mais palatável de todas, não por que tenha méritos e apesar de seu viés socialista e de sua inexpressividade, por muitos anos como parlamentar, mas por se opor ao situacionismo infértil e midiático. Na verdade, além dele, que opção outra há? Styvenson, temperamental e protelador, ainda um candidato indefinido? Quem mais? Qualquer um, diria. Menos a atual governadora, que há-de ficar na história da nossa terra como a mulher que comia pipocas e, por inépcia e indolência perversas, matou o elefante há séculos acorrentado à vontade de uns poucos…