*Da Redação
Ainda não li o livro Que bobagem!, de Claudio Orsi e Natália Pasternak, mas acho que irei amá-lo!
É questão de coragem argumentar contra um sistema de coisas já enraizado, e no caso da ciência, hoje, ideologicamente, ela foi sacralizada.
Não creio que a dupla de autores a dessacralize, mas sem dúvida eles colocam certos pontos nos “is”, pelo que entendo e retiro das críticas que leio sobre o livro.
Acupuntura, antroposofia, astrologia, curas energéticas, curas naturais, dietas, discos voadores, homeopatia, poder quântico, até a psicanálise entra na categoria de pseudociência nessa obra.
É quase uma facada em Augusto Cury, Pondé, Karnal, Padre Fábio e outros padres de auditório e em toda essa turma das vibrações energéticas, transcendências, milagres do cotidiano, Santo Daime…
Em uma época em que saberes ancestrais estão invadindo as universidades, esfumaçando em cachimbadas a inteligência, uma obra assim é fundamental.
Será que no livro supracitado há algum capítulo sobre pajelança?
Porque enquanto a mesma estiver circunscrita apenas na antropologia, tudo bem. Mas já percebo certo movimento que quer tornar a pajelança uma prática tão legítima quanto a medicina, se escorregar só um pouquinho, terá inclusive conselhos regionais.
Será que a dupla de cientistas enveredou pelo vespeiro? Esse vespeiro mexe com o identitarismo.
Pode estar no capítulo sobre curas naturais. Se não, em uma segunda edição poderiam acrescentar.
Uma última provocação, já com o lábio inferior mordido e sangrando: meus dentes, que pressionavam o lábio inferior enquanto escrevia as linhas acima, escorregaram…
Que apagamento do homem é esse? Pelas notícias, pensei que o livro fosse de senhorita Pasternak sozinha! Porém, quando vou pesquisá-lo, descubro um nome masculino na capa.
Nessa edição de Navegos, os colunistas e seções (clique nos nomes para ir direto ao artigo): Alexsandro Alves, Percival Puggina, Da Redação com a Barbie, Diário de Cuba e Calle del Orco. Desfrutem.