*Franklin Serrão
Não devemos ter dúvidas quanto ao fato de ser a cultura algo elevado. A ordenação do pensamento, virtudes, etc, são produtos de uma mente culta. Certamente que de outra forma, por mais criativa que fosse uma mente, não seria possível efetivar soluções para problemas de naturezas mais complexas. A cultura pop, claro, não se encaixa nessa definição. Não é cultura elevada ou alta cultura.
No entanto, aqui ao que parece a cultura pop se acha elevada. De forma psicótica, ela, representada pelo show business e entretenimento e outras bossas, reivindica para si o status de substância cultural — vou explicar.
A baixa cultura pensa ser uma base filosófica da experiência do pensamento moderno quando, pretensiosamente, assume a postura de autoridade cultural —- pelo menos agem como se fossem.
Se antes o pop se refletia como postura progressista, sob bases filosóficas típicas, hoje ele se comporta como se fossem a própria base filosófica —- faz isso na autoridade de si mesmo.
Essa lacração se vale agora, muitas vezes de forma covarde, de querer atacar valores, e senso moral, corrompendo a cultura, o senso comum e o bom senso quando, por sua vez, corrompe a cultura e a própria cultura pop antecessora.
Lembramos que o progressismo é uma estrutura do paganismo, sobretudo quando nega a realidade (da mais pura a mais sobrenatural). Segundo eles, o homem percebe um mundo que necessariamente pode ser diferente aos sentidos outros. A grama é verde somente para olhos humanos, a forma e a substância das coisas são percebidas de maneira diferente pelos seres.
O progressismo nega na verdade de que o mundo, ele sim, se insinua, pois sabe que por esses meios é percebido. Ele não existe a partir da percepção e do hedonismo, ele existe apesar da percepção e do hedonismo. Não é o indivíduo que modela a realidade, é a realidade que se apresenta assim ao indivíduo e assim faz mediante uma ação racional – transcendental, Deus.
Entrementes, achando que por certo vai desordenar ordenando as coisas em outro sentido, o sentido ideológico, a esquerda apenas; constroem sofismos ou pior, o pintam listras num gato para vendê-lo como um tigre.
De 20 anos para cá, um panteão de heróis sem virtudes, fracos, entediados, encheram as telas dos cinemas, ganhando bilheterias, mas perdendo fãs — que hoje não mais os diferencia de coisas menores.
De dois anos, a coisa radicalizou…e a lacração, com a faca entre os dentes, resolveu transformar toda essa cultura em uma militância que faz o Psol parecer moderado.
O resultado disso é o suicídio cultural. Os fãs tradicionais estão abandonando os temas e os novos limitam- se, apenas temporariamente, a tietagem das estrelas.
É verdade que hoje a autoridade moral é representada pelo Estado. O que outrora foi função da Igreja, hoje é função do Estado. O que significa dizer que são os políticos, eles mesmos, os arautos da moralidade da e da honestidade, os donos da bola. Vejam como é grave nossa situação!
Nesse cenário a lacração entra querendo fazer as vezes de um Estado partidário. E assim suas apelativas e desesperadas tentativas de mudanças nas essências (seja por qual meio for) apenas vai destituir de sentidos as coisas em geral.
O grande Cherterton costumava dizer sobre isso o seguinte: ” Você pode, se quiser, libertar um tigre de sua jaula, mas não o liberte de suas listras.”
Então fica a lição. Um tigre sem listras não é um tigre, assim como, a Branca de Neve sem seus anões, não é a Branca de Neve.