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Sem quartel!

O compositor Erik Satie, autor de “Três peças em forma de pera”, transpõe seu dadaísmo musical para um texto, ou ao menos, uns soluços textuais…

*Erik Satie

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SEM quartel

 

Eu nunca ataco Debussy, apenas debussystas me irritam. Não existe Escola Satie. A satisfação não poderia existir. Eu mesmo seria contra.

 

Na arte, não precisa haver escravidão. Sempre me forcei a enganar os seguidores, em substância e em forma, de todos os novos trabalhos. É a única maneira de um artista evitar se tornar diretor de escola, ou seja, vigia.

Agradeçamos a Cocteau por nos ajudar a sair do tédio provinciano e profissional da última música impressionista

 

não vamos confundir

 

Entre os músicos estão os vigias e os poetas. Os primeiros são impostos ao público e à crítica. Citarei como exemplos os poetas Liszt, Chopin, Schubert, Mussorgsky; de vigia a Rimsky-Korsakov. Debussy era o tipo poeta-músico. Entre sua comitiva estão vários tipos de músicos peões. (D’Indy, embora professe, não é.)

 

A arte de Mozart é leve, a de Beethoven é pesada, o que poucos entendem; mas ambos são poetas. É disso que se trata.

P.S.—Wagner é um poeta dramático.

 

Erik Satie