*Franklin Jorge
Após abrir mercado europeu para a comercialização de queijos artesanais do Seridó potiguar, a sempre laboriosa governadora Fátima Bezerra não cruzou os braços e resolveu atacar com toda a garra o fato de não ter ela própria o que fazer.
Símile mal copiado da ex-presidenta Dilma Rousseff, ideias não lhe faltam para preencher o indescritível vazio de seu governo. Resolveu, em meio a queda do PIB do estado que menos cresceu, enfrentar talvez o maior desafio que se lhe apresenta nesse mal começo de ano eleitoral: os rebeldes que deixaram de se vacinar, apesar da pressão generalizada da esquerda togada, que só ainda não pensou em vacinar fetos no bucho das mães.
Sua mais recente cruzada, capaz de ganhar as manchetes do mundo e sobretudo das publicações alugadas aos seus caprichos, pegou todos de surpresa: a demissão sumaríssima de todos os servidores públicos que não se vacinaram, apesar da pressão que confronta o livre arbítrio de maneira brutal, tão ao gosto dos ministros do STF que implodiram a Constituição Federal e legislam ao bel-prazer de interesses partidários. As más línguas dizem que a intenção oculta seria a criação de vagas para empregar eventuais aliados na próxima batalha eleitoral.