*José Vanilson Julião
Além de Homero Homem um segundo norte-rio-grandense tentou sentar o traseiro numa poltrona da Academia Brasileira de Letras. Trata-se do colunista social Francisco de Assis Veras, o Jeff Thomas, natural de Paraú.
O colunista do “Diário de Pernambuco”, o sergipano João Alberto Sobral, em seu blog (6/12/2021) revela: – Hoje, longe da grã-finagem, se diz ameaçado pela síndica do prédio em Copacabana. Garante que teria sido ela quem mandou jogar tinta na porta do apartamento.
“Atualmente, vivo trancado e com medo”. É candidato pela 10ª vez na eleição de quinta-feira para a vaga da Tarcísio Padilha.
Em entrevista no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Assinada pelo repórter Cláudia Sanches (25/6/2015):
“O colunismo social acabou”, revela Francisco de Assis, segundo a jornalista, figura folclórica no Rio de Janeiro, que nasce na capital potiguar “por acidente geográfico.”
O “outsider” à Academia – cujo desejo ainda não desvanece – é até alvo de jocosa intervenção do intelectual Austragésilo de Athayde: – Ele tem a graça, a ironia e o senso de humor que o fazem ser mais entendido junto à abadia de Westminster do que no panorama de Petrópolis em Natal.
Jeff Thomas é autor de seis livros. O mais recente deles autobiográfico, “Apagão no Society no Colunismo Social – Ascensão e Queda”, no qual comemora 60 anos de atividade na área.
Ele afirma que os anos dourados acabaram junto com os grandes jornais. “Existem mais de mil colunistas sociais. Só permanece O Globo, onde não mais existe colunas.”
Ele traça o nascimento do colunismo no país. O pioneiro Jacinto de Thomas, neto do ex Chanceler Lauro Muller, seguido de Ibrahim Sued, um turco daBaixada Fluminense, filho de feirante.
Ibrahim, na quarta página de “O Globo”, populariza o Colunismo Social. Jeff Thomas estreia no “Diário da Noite”, de Assis Chateaubriand. A primeira reportagem, “O que bebem e cobrem os grã-finos”, sobre os melhores restaurantes do Rio, entre eles o “Bife de Ouro” (Copacabana Palace).
No capítulo quatro cita os colunáveis: Tônia Carreiro, Danusa Leão (na foto com o marido e jornalista Samuel Wainer), Jorge Guinle, o presidente Juscelino, Miele, Marta Rocha e Carmem Myrink Veiga. Conta passagens pelo “high society” e revela bastidores do poder.
Na internet se encontra pelo menos uma entrevista de 27 minutos, exibida em 31 de maio de 2012, no programa de João Soares, o Jô, recentemente falecido.
Escreveu: “Soçaite Bóia-fria”, “A Fogueira dos Emergentes”, “O Caçador de Emergentes”, “Emergente Não é Gente”, “Pânico no Society”, “Hong Kong Confidential” e “Os Bolsonaro’s no High Society” (2019).
FONTES
ABI
Diário do Poder
Estante Virtual
João Alberto
Negócios PE
Tribuna do Norte