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Somos todos Monark

O Brasil vive um momento nunca antes experimentado. O justiçamento sumário, imposto por Alexandre de Moras a qualquer um que, em seu exclusivo e particular entendimento da Constituição, o “desafiar”, transfere a Lei e a Constituição para o próprio ministro, como uma espécie de personificação nefasta.

*Alexsandro Alves

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A lógica é a seguinte: se o ministro Alexandre de Moraes não gostar de você, você é antidemocrático – e isso tornou-se crime e tal crime é pior do que ser o chefe da quadrilha no Petrolão.

Não ao silenciamento e à perseguição a Monark.

O youtuber Bruno Monteiro Aiub, o Monark, caiu nas garras do presidente do Brasil – não aquele que vive viajando e falando bobagens – mas aquele outro presidente que olha feio, manda, acusa e julga: o primeiro-ministro Alexandre de Moraes.

O jornalista Glenn Greenwald, em post recente em suas redes sociais, tem alertado para a escalada autoritária desse ministro – que só é possível porque a classe política é majoritariamente uma categoria de criminosos, foras da lei, bestas-feras sedentas por dinheiro, chiqueiro de porcos no lamaçal da corrupção. Moraes tem toda a caterva de Brasília nas mãos.

Todos esses anos de crimes contra o erário colocou o legislativo e o executivo brasileiros nas mãos do judiciário do STF de Moraes. Talvez até as forças armadas tenham que executar uma mão amiga no poderoso-chefão – nos bastidores do poder nesse país, ninguém sabe quem é mais promíscuo, mas parece que todos devem ou temem o ministro de Temer.

Segundo vários juristas, Monark não cometeu nenhum crime. Além disso, o ministro, contrário ao que diz a Lei, tirou de Monark sua fonte de sustento.

E precisamos parar com a ideia de que liberdade de expressão tem limite, porque não tem! Apenas em ditaduras ela tem limites. Limites impostos pelo Estado. Basta olharmos o exemplo dos Estado Unidos, onde a Primeira Emenda é sempre soberana nesses casos.

A Primeira Emenda diz que é proibido limitar a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. A nossa Constituição também garante os mesmos direitos. Porém o que se vê hoje é a criminalização da fala.

E para quem aplaude o todo-poderoso togado: vocês parecem não perceber que um dia isso irá voltar-se contra vocês mesmos. Porque o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente.

E Alexandre de Moraes se arvorou desse poder absoluto. Aplaudam sorrindo, tolos!