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Suíça quer devolver dinheiro da corrupção

Boletim da Sociedade Suiça de Radiodifusão divulga matéria sobre o repatriamento de fortunas oriundas de saques e da corrupção,  acumuladas por ditadores do mundo inteiro nos últimos 50 anos.

*Sibilla Bondolfi Ester Unterfinger

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Durante muito tempo, a Suíça foi considerada um porto seguro para os ganhos ilícitos obtidos por muitos ditadores, sobretudo por causa de seu sigilo bancário. Nos últimos anos, ela tem sido um exemplo na luta contra o dinheiro sujo, embora o passado não tenha desaparecido. Analisamos 15 dos casos mais infames que envolvem fundos ilícitos na Suíça.

De acordo com estimativas do Banco Mundial, 20 a 40 milhões de dólares (CHF19,2 milhões-CHF38,4 milhões) desaparecem todos os anos nos bolsos de funcionários corruptos dos países em desenvolvimento. Como um dos maiores centros financeiros offshore do mundo, a Suíça costumava ser um grande esconderijo para fundos ilícitos. No entanto, sabendo que tal reputação prejudicaria sua imagem, o governo suíço introduziu sua primeira lei contra ativos ilícitos em 1986.

Desde então, a Suíça tem assumido um papel de liderança no congelamento e restituição de tais fundos, cujo processo é chamado de recuperação de ativos. No entanto, o passado continua alcançando a Suíça.

Sob o hashtag #SuisseSecrets, no início de 2022, a mídia internacional publicou histórias sobre um escândalo envolvendo um dos maiores bancos da Suíça, o Credit Suisse. Um denunciante vazou detalhes de contas para o diário alemão Süddeutsche Zeitung. Os dados expuseram cleptocratas, autocratas e criminosos que haviam escondido seu dinheiro na Suíça.

Analisamos casos de destaque que também mostram como a Suíça tem desenvolvido suas práticas de restituição. Os ditadores, presidentes e políticos mencionados estavam escondendo seus bens na Suíça. Esta não é uma lista completa, mas destaca 15 grandes casos.