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Tanzânia tem Nobel de Literatura

Nascido em uma obscura ilha da Tanzânia, escritor de língua inglesa é distinguido com o prêmio literário mais longevo e famoso do mundo.

*De Sputinik

A Academia Real das Ciências da Suécia atribuiu nesta quinta-feira (7) o Prêmio Nobel de Literatura de 2021 ao novelista da Tanzânia Abdulrazak Gurnah “por seu entendimento intransigente e compassivo dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes”.

Abdulrazak Gurnah nasceu em 1948 e cresceu na ilha de Zanzibar (Tanzânia). Ele chegou ao Reino Unido como refugiado no final dos anos 1960.

Gurnah começou a escrever quando tinha 21 anos. Ele publicou dez novelas e vários contos. O tema da interrupção da vida dos refugiados  atravessa todas suas obras, conforme  o comunicado de imprensa.

O foco no tratamento da experiência dos refugiados nas obras de Abdulrazak Gurnah está na identidade e autoimagem. As personagens do escritor estão em um hiato entre culturas e continentes, entre uma vida que existiu e uma vida que surge, diz o comunicado.

O presidente do Comitê Nobel de Literatura, Anders Olsson, escreveu que a dedicação à verdade e aversão à simplificação de Gurnah são impressionantes. Suas novelas não têm descrições estereotipadas e abrem nosso olhar para uma África Oriental culturalmente diversificada.

No ano passado, a poetisa norte-americana Louise Gluck recebeu o Prêmio Nobel de Literatura “por sua inconfundível voz poética que com beleza austera torna universal a existência individual”.

Conforme a vontade de Alfred Nobel  (1833-1896), o prêmio nesta área deve ser atribuído ao autor da “melhor obra literária de orientação idealista”.

Em destaque, Abdulrazak Gurnah, escritor tanzaniano de língua inglesa é o Prêmio Nobel de Literatura de 2021; acima, a moeda em ouro com a efígie do inventor da dinamite, Alfred Nobel, que acompanha polpudo cheque que assegura ao premiado um fim de vida abastado e tranquilo.