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Terrorismo se aprende na escola

Publicação Instituto Gatestone revela com os jovens, submetidos na escola a sistemática lavagem cerebral, são formados na escola do terrorismo islâmico.

*Bassam Tawil

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Os jovens terroristas passaram por lavagem cerebral conduzida por líderes palestinos e “estudiosos consagrados” que destilam ódio contra Israel e judeus entra dia, sai dia.

Como se isso não bastasse, eles garantem que qualquer um que morre durante um ataque terrorista desfechado contra judeus é “mártir” que tem seu lugar garantido no céu.

“Há uma inserção sistemática de violência, martírio e jihad nos livros didáticos palestinos em todos níveis e disciplinas. O nacionalismo radical e as ideologias islamistas estão espalhados por todo o currículo, inclusive nos livros de ciências e matemática. A possibilidade de paz com Israel é rejeitada.” — Instituto de Monitoramento da Paz e da Tolerância Cultural na Educação Escolar (IMPACT-se), maio de 2021.

Os livros didáticos demonizam Israel e os judeus são denegridos e apresentados como rivais do profeta do Islã. “Em suma, não há incentivo à convivência ao longo de todo o currículo”, constata o estudo.

A Administração Biden está tagarelando sobre a paz e a “solução de dois estados”, enquanto os líderes palestinos não medem esforços para preparar a próxima geração para esfaquear judeus.

Um professor palestino e três jovens alunos tomaram parte na recente torrente de ataques terroristas contra cidadãos israelenses tanto em Jerusalém quanto na Cisjordânia. A avalanche não pegou de surpresa os que estão cientes do incessante ódio e incitamento incutido contra Israel nas escolas e livros palestinos, bem como na mídia, nas mesquitas e nos campi universitários.

Em 21 de novembro, Fadi Abu Shkhaydam, um professor do ensino médio de 42 anos do campo de refugiados de Shuafat em Jerusalém, atirou e matou Eli Kay, imigrante sul-africano de 26 anos. O tiroteio ocorreu na Cidade Velha de Jerusalém. Outras quatro pessoas ficaram feridas antes do terrorista ser morto a tiros pela polícia.

Abu Shkhaydam era professor de estudos islâmicos na Escola de Meninos Al-Rashidiyeh em Jerusalém Oriental. O fato da escola ser administrada pelo município (de Israel) de Jerusalém não constrangeu o terrorista, que mais tarde foi identificado como integrante do Hamas.

Abu Shkhaydam não teve nenhum problema em receber seu salário da municipalidade israelense e ao mesmo tempo continuar destilando ódio contra Israel respaldado na função de “pregador” e “conceituado estudioso” em várias mesquitas de Jerusalém.

No ano passado, Abu Shkhaydam enfatizou num sermão em um aparte da oração da sexta-feira que “mestres judeus e cristãos da heresia” são componentes de um esforço para combater a lei islâmica sharia e espalhar a injustiça. Ele também disse que judeus e cristãos e outros oponentes da lei da sharia são liderados pelo diabo e financiados com “dinheiro sujo” “daqueles beduínos” dos Emirados Árabes Unidos.

Em um testamento que ele ao que consta deixou de lado, Abu Shkhaydam revelou que estava há muito tempo planejando o atentado terrorista: “escrevo estas palavras feliz da vida, termino anos de árduo trabalho com um encontro com Deus”. O terrorista disse que escolheu esse caminho para agradar a Deus e chegar ao céu. Ele também afirmou que o ataque terrorista foi planejado para defender a Mesquita de al-Aqsa.

Quando terroristas da estirpe de Abu Shkhaydam falam sobre a necessidade de defender a mesquita em Jerusalém, eles se referem às rotineiras e pacíficas visitas de judeus ao Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

Contrário às reivindicações da Autoridade Nacional Palestina, Hamas e demais grupos palestinos, os judeus que visitam o local não colocam os pés na Mesquita de al-Aqsa. Os visitantes judeus são forçados a visitar o complexo do Monte do Templo sob proteção policial por conta das ameaças de palestinos, que continuam negando a história judaica e as ligações judaicas com Jerusalém.

Líderes palestinos e jihadistas como Abu Shkhaydam há muito retratam as turnês judaicas como se fossem violentas “incursões” à Mesquita de al-Aqsa, o que, desnecessário dizer se trata de uma mentira deslavada e um libelo de sangue.

Abu Shkhaydam e os líderes palestinos não perderam nenhuma oportunidade ou plataforma para espalhar a calúnia. O terrorista usou todos os pódios disponíveis nas mesquitas para incitar à violência contra não muçulmanos, principalmente judeus e cristãos.

Na qualidade de professor e pregador em mesquitas, Abu Shkhaydam sem a menor sombra de dúvida destilou seu veneno a muitos palestinos, em especial às crianças que ele lecionava na escola e aos que compareciam aos seus sermões de sexta-feira.

Não é de se admirar, portanto, que adolescentes palestinos se apoderem de facas ou armas de fogo e saiam para assassinar judeus em Jerusalém e na Cisjordânia.

Os jovens terroristas passaram por lavagem cerebral conduzida por líderes palestinos e “estudiosos consagrados” que destilam ódio contra Israel e judeus entra dia, sai dia.

Os jovens terroristas são informados por seus líderes que os judeus estão “profanando” lugares sagrados islâmicos e que é dever deles defenderem a Mesquita de al-Aqsa.

Como se isso não bastasse, eles garantem que qualquer um que morre durante um ataque terrorista desfechado contra judeus é “mártir” que tem seu lugar garantido no céu.

No início do corrente mês, uma estudante palestina de 14 anos esfaqueou  e feriu uma judia que estava a caminho de deixar os filhos na escola. O incidente ocorreu no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. A menina fugiu para a escola, localizada a poucas centenas de metros de distância. Na sequência ela foi presa pela polícia israelense.

Livros didáticos baseados no currículo do Ministério da Educação da Autoridade Nacional Palestina, encontrados na bolsa da menina demonstraram o volume do despropositado incitamento contra as Forças de Defesa de Israel e aos colonos judeus, bem como a glorificação de “mártires”. Os livros didáticos se baseiam no currículo do Ministério da Educação da Autoridade Nacional Palestina.

A título de exemplo, na página 61 do livro de estudo da língua árabe, há um exercício de interpretação e compreensão de leitura de texto que contém uma história que descreve o incêndio, causado por coquetéis molotov, de um ônibus israelense pertencente ao assentamento Psagot perto de Ramala.

A intencionada tentativa de atear fogo no ônibus para que passageiros judeus morressem queimados é orgulhosamente narrada no livro como “churrascada”.

O livro de Ciências Sociais encontrado na bolsa da menina atesta que “a resistência armada é um direito natural e legítimo cuja meta é a de se opor à ocupação”. O livro destaca fotos dos massacres que os árabes cometeram contra os judeus na cidade de Hebron em 1929.

De acordo com o Instituto de Monitoramento da Paz e da Tolerância Cultural na Educação Escolar (IMPACT-se), os livros palestinos “permanecem abertamente antissemitas e continuam encorajando a violência, a jihad (guerra santa) e o martírio, ao passo que a paz ainda não é lecionada como preferível ou até mesmo possível”.

O estudo do IMPACT-se constatou que os líderes palestinos mentiram ao não cumprirem a promessa aos doadores ocidentais de mudar os livros didáticos. O estudo mostrou, de fato, que os livros didáticos recém-publicados eram ainda mais radicais do que os anteriores.

“Há uma inserção sistemática de violência, martírio e jihad em todos os níveis e disciplinas”, conclui o estudo.

“O nacionalismo radical e as ideologias islamistas estão espalhados por todo o currículo, inclusive nos livros de ciências e matemática. A possibilidade de paz com Israel é rejeitada. Qualquer presença histórica judaica nos territórios modernos de Israel e nos territórios da Autoridade Nacional Palestina é totalmente omitida dos livros didáticos. A história e a herança judaica são apresentadas como invenções; os lugares sagrados dos judeus são representados como áreas muçulmanas usurpadas pelos sionistas.”

Um livro de história da Palestina do 2º ano do ensino médio ensina que os judeus controlam o mundo. Em outros livros, os judeus são retratados como pecadores mentirosos e vigaristas “inimigos do Islã em todos os lugares e sempre desde o início dos tempos”. Um capítulo da educação islâmica ensina de forma contundente que os judeus são corruptos e estão condenados à destruição, pois a “corrupção da terra foi e será a causa de sua aniquilação”.

O estudo também constatou que os judeus e Israel são vilipendiados mais extensivamente do que nos currículos anteriores e que o antissemitismo é mais prevalente de ponta a ponta. Israel é predominantemente retratado como a “Ocupação Sionista”. Os livros didáticos demonizam Israel e os judeus são denegridos e apresentados como rivais do profeta do Islã. “Em suma, não há incentivo à convivência ao longo de todo o currículo”, constata o estudo.

Esta é a retórica exata que encoraja crianças em idade escolar a realizarem atentados terroristas contra judeus. Aqueles que fazem vista grossa a este incitamento sangrento e antissemitismo estão na verdade dando luz verde aos terroristas a continuarem com a jihad assassina contra os judeus.

É este o veneno que está sendo injetado nos corações e mentes dos palestinos justamente quando a Administração Biden continua conversando  sobre o financiamento da Autoridade Nacional Palestina e a necessidade de retomar o processo de paz entre Israel e os palestinos.

A Administração Biden está tagarelando sobre a paz e a “solução de dois estados”, enquanto os líderes palestinos não medem esforços para preparar a próxima geração para esfaquear judeus.