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Três Reis

O cronista Abraão Gustavo apresenta uma parábola sobre três reis e suas humanidades ora positivas ora negativas, mas que necessitam de um encontro com um Rei…

*Abraão Gustavo

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Em um reino distante, três reis governavam seus territórios de forma única. O primeiro rei, chamado Henrique, era conhecido por seu orgulho e manipulação. Desde criança, Henrique tinha delírios grandiosos sobre seu futuro poder e dominância sobre os outros. Esses delírios se manifestavam em seu reinado, onde ele se sentia no direito de controlar tudo e todos ao seu redor. Apesar desses traços negativos, Henrique também possuía uma forte espiritualidade, desenvolvida desde a infância, que o guiava em momentos de dúvida e dificuldade.

 

O segundo rei, chamado Carlos, era um líder extremamente carismático. Sua personalidade magnética encantava a todos, permitindo-lhe conquistar a lealdade e adoração de seu povo. No entanto, Carlos tinha uma falta evidente de espiritualidade em sua governança. Ele confiava unicamente em seu carisma e habilidades sociais para conquistar e manter o poder. Apesar de ser amado por muitos, Carlos enfrentava uma solidão interior, uma sensação de vazio que não conseguia preencher.

 

O terceiro rei, chamado Rodrigo, governava com base em sua classe e cultura. Ele era um líder respeitado por sua sofisticação e sabedoria. Possuía uma paixão pela arte, literatura e filosofia, tornando-se um rei de grande discernimento e entendimento refinado. No entanto, Rodrigo carregava dentro de si um profundo rancor, alimentado por feridas emocionais antigas. Apesar de sua espiritualidade, o rancor obscurecia seus julgamentos e sua capacidade de liderar com amor e compaixão.

 

Conforme a história se desdobra, cada rei enfrenta desafios e crises em seu reino. Henrique, perdido em suas ilusões de grandeza, toma decisões cada vez mais prejudiciais para seu povo e seu país. Carlos, embora habilidoso em conquistar corações, começa a perceber a superficialidade de seu carisma e como ele o deixou carente de um propósito mais profundo. Por fim, Rodrigo é assombrado pelo rancor que guarda em seu coração, levando-o a tomar ações impensadas e prejudiciais.

 

Em um momento crucial, os três reis são surpreendidos por um chamado misterioso. Eles são chamados a prestar contas de seu reinado diante de Deus. Cada um deles é transportado para um local sagrado, onde são confrontados com as consequências de suas ações e os efeitos que tiveram em seus súditos e em si mesmos. Deus, em sua sabedoria divina, revela a eles as falhas de seus governos, mas também traz a esperança de redenção e crescimento.

 

No encontro com Deus, Henrique é desafiado a deixar de lado seu orgulho e manipulação, reconhecendo a importância da empatia e humildade. Carlos é chamado a buscar uma conexão mais profunda com a espiritualidade, para encontrar um propósito maior além de seu carisma superficial. E Rodrigo é instigado a superar seu rancor e encontrar paz dentro de si mesmo, reconstruindo sua liderança a partir de um lugar de amor e compaixão.

 

Após o encontro com Deus, os três reis retornam aos seus reinos com uma nova perspectiva e um senso renovado de propósito. Cada um deles começa a implementar mudanças significativas em sua liderança, buscando uma governança mais justa e compassiva. Suas ações não apenas beneficiam seu povo, mas também trazem paz e harmonia aos reinos.

 

Embora a história não revele todos os detalhes do destino final dos reis, ela nos deixa com a certeza de que cada um deles teve a chance de se redimir e crescer. A influência de Deus em suas vidas e a ênfase na espiritualidade trouxeram-lhes uma nova compreensão de liderança e do poder transformador do amor e da compaixão.