• search
  • Entrar — Criar Conta

Turismo cresce, menos em Cuba, e a culpa não é do embargo

A queda do turismo nacional e a desvalorização do peso cubano obrigaram a hoteleira espanhola a fazer vendas nos seus hotéis na ilha.

*Diário de Cuba

[email protected]

A empresa hoteleira espanhola Meliá Hotels International, a que detém o maior número de instalações turísticas sob sua administração em Cuba, com 33, registrou lucros milionários e uma recuperação de seus negócios em todo o mundo, exceto na Ilha, durante 2023.

De acordo com o relatório de desempenho financeiro de janeiro a junho passado, a Meliá faturou 46,1 milhões de euros, um crescimento de lucro 12 vezes superior ao mesmo período de 2022, quando faturou apenas 3,7 milhões. O montante ascende a 218,5 milhões de euros antes de impostos, mais 33,8% do que de janeiro a junho do ano passado, que foi de 163,3 milhões.

No entanto, segundo o relatório, a operação do Meliá em Cuba “tem uma tendência de crescimento no turismo internacional, mas foi afetada pela contração do mercado doméstico e pela queda das tarifas médias”.

Segundo o relatório, embora o aumento das operações aéreas para Cuba possa ser considerado uma “nota positiva” e o mercado canadiano volte a ser líder nos seus hotéis, “a quebra da participação do turismo nacional, aliada à nova desvalorização do peso cubano, implicava a necessidade de recorrer a ofertas para fazer face à crescente concorrência”.

Por isso, indica, “este fator, somado à reabertura de vários hotéis que operam em segmentos de preços mais baixos, têm causado uma queda generalizada nas tarifas médias” e, portanto, nos lucros.

Embora o relatório não especifique a receita global do semestre em Cuba, a queda na ocupação foi de 39,1%, enquanto as receitas por quarto são 12,9% menores, para uma média de 34,7 euros.

O Meliá espera que o atual trimestre em Cuba “continue na mesma linha do anterior, com melhorias nas chegadas de clientes internacionais, mas combinadas com a contração do mercado doméstico. As reservas apresentam melhorias em relação ao ano passado nos principais mercados”.

A empresa registrou duas demissões nos últimos seis meses, quando deixou de administrar o Gran Hotel, com 72 quartos, e o Hotel Camagüey Colón, com 85 quartos, ambos naquela província cubana.

Para o restante do ano, conta com a abertura de quatro novos hotéis na administração. Entre eles, o recém-inaugurado Innside Habana Catedral, e o Hotel Sevilla Habana, com inauguração prevista para 1º de setembro.