*Franklin Jorge
Um artista de mérito conquista a simpatia popular por empatia e talento, não pelo cargo que ocupa ou por dispor de gordas verbas públicas. Por exemplo, a propalada amizade do secretário de cultura de Natal com figurinhas carimbadas decorreram todas, não por empatia e admiração ao seu talento inexistente, mas através de gordos cachês e recursos públicos. Ele escolheu a dedo quem queria agraciar, Dando-lhes o que eles queria – dinheiro público e, em troca, elogios forçados ao seu inexistente talento estético que só podia ser levado À sério por pessoas despreparadas, como Cãindinha Bezerra e Carlos Eduardo Alves, que apostaram suas fichas em um charlatão habilidoso.
Me lembro do esforço que ele fez para boicotar a valiosa doação das obras do grande artista à prefeitura de Natal, processo que documentei minuciosamente para não passar por mentiroso depois. Até chegamos a viajar juntos para o Rio de Janeiro o prefeito, o secretário e eu, ocasião em que visitamos em Copacabana as obras da raiz Ruth Palatnik Aklander (o prefeito não estava presente), mas o secretário e os filhos da artista Jaime e Mauri, que queriam cumprir a vontade de ter aa sua coleção definitivamente exposta em Natal. Essa negociação sequer progrediu: morreu ali mesmo, apesar de por um momento eu ter tido a impressão que Dácio se interessara pelo conjunto de obras…
Dácio não deu a mínima à doação que pretendia fazer a Natal o grande artista Frans Krajcber, que faleceu alguns meses depois e que, durante anos de sua vida, sonhara ter a sua obra sediada em Natal, por meu intermédio. Sempre me dizia: quando você ocupar um cargo decente na Cultura, entre em contato comigo. Tratava-se de uma doação, não de aquisição, masDácio convenceu o prefeito desatento que cada obra de Krajcberg custaria o dobro do valor do Parque da Cidade e o prefeito acreditou no mentiroso que nos deu Tibau do Sul, um verdadeiro Lacrau Jr que envenenou por 15 anos a cultura de Natal.
Não podemos mais continuar sob o jugo de tais patifes. Precisamos nos unir contra pessoas nocivas e deletérias como Dácio Tavares Galvão, que, se aproveitam da ignorância dos governantes para se manter no comando de algo que desconhece mas lhe rende dinheiro e falso prestigio.
Recentemente o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves quis me convencer do quanto fizera pela cultural local. Se fez, foi de forma errada e sem consultar as pessoas certas, deixando tudo nas mãos de um sacripanta que deu pernada em todo mundo e continua como um verdadeiro expert da patifaria. Seja-me suficiente citar o livro que escreveram sobre o Parque da Cidade, assinado pelo ex-prefeito, que não aparece em uma única fotografia ao lado de um de artista local. Nem mesmo Dorian Gray Caldas, E então o decano dos nossos artistas está lá ao lado do prefeito. Foi solenemente ignorado porque ele sabia quem é Dácio Galvão.