*Da Redação
Por que você optou por essa disciplina?
Meu pai me serviu de exemplo, ele também é professor de história, mas quando mais novo história era minha segunda opção, a primeira era Direito, não passei em Direito e fui cursar história e estudar para o Enem para tentar novamente o Direito no ano seguinte, entretanto me descobri no curso e abandonei a ideia de trocar de curso.
Após a sua graduação, houve algum tipo de investimento em sua carreira?
Sim, uma pós-graduação, até o momento.
Desde quando atua como docente e em quais instituições já lecionou?
Desde 2017, comecei no programa Asas da Florestania, nas escolas Canto do Sabiá e Alto Alegre, na zona rural de Rio Branco; no momento estou no colégio Joao Calvino, na capital.
Em um momento histórico em que a carreira do magistério é tão desvalorizada, por que você decidiu ser professor?
Pela dinâmica em sala de aula, transmitir o conteúdo, interagir com os alunos e receber o feedback é uma experiência que apenas quem é feliz na profissão consegue sentir.
Como você desenvolve sua relação com os alunos?
Colocando-os como detentores do saber, a partir do momento que o aluno percebe que também tem voz, a dinâmica da sala de aula muda e se torna mais agradável.
Quais valores você prioriza em suas aulas?
O respeito mútuo e todos tem a oportunidade de opinar.
Como é ser professor na Pandemia?
Desafiador, lecionar pelo meet é extremamente solitário, e agora, voltando ao presencial, tomamos todos os cuidados possíveis, porém falar com uma máscara no rosto é ter a voz abafada.
Faça um paralelo entre os maiores obstáculos enfrentados nas aulas presenciais e nas aulas on-line.
Manter a concentração do aluno no presencial já é difícil, no on-line é praticamente impossível.
Quais seus planos para o futuro de sua carreira?
Mestrado e Doutorado.
Qual a importância do professor para a sociedade contemporânea?
Não somos os detentores do saber, porém, temos que ser os provocadores e instigadores do conhecimento, sempre cutucar uma oportunidade e apontar algo para além do horizonte, para que os alunos adquiram senso crítico sobre a sociedade, e não fiquem somente com opiniões vazias e sem fundamento científico.
Deixe uma mensagem para os professores.
Necessitamos de uma união e organização maior para reivindicar nossos direitos.
Que diria a seus alunos?
Todo o dia produzimos e vivemos a história. Você é o protagonista da sua história?
Higor Vieira de Araújo possui graduação em História pela Universidade Federal do Acre, com Pós-Graduação em Ciências da Religião pela Universidade Federal do Acre. É ex-aluno do Colégio de Aplicação-UFAC e professor de história no Colégio Presbiteriano João Calvino em Rio Branco.