*Franklin Jorge
Passei os últimos dias em Porto de Galinhas, em Ipojuca, Pernambuco, entre jardins e piscinas, um verdadeiro paraíso gastronômico, feito de calma e à luz do esplendor da natureza, onde encontrei calma, luxo, prazer.
Fui a convite de um amigo que quer se manter anônimo e amigos seus, entre os quais, o fotógrafo e marqueteiro Daniel Brayan (sou amigo de seus avós), Clodoaldo Bahia, arquiteto, decorador e artista plástico e o jornalista Ovadia Saad, que se deslumbrou com o mar e os recifes que margeiam a construção.
Meu amigo, que sempre me convida para fazer parte de seus passeios – convites que geralmente recuso por sentir dificuldade de afastar-me de meu filho, gatos e jardins -, praticamente me sequestrou com a promessa de que conheceria gente nova e interessante que podia inspirar a minha escrita com que me ocupo atualmente para alimentar os conteúdos dessa revista que tem boa recepção entre os leitores que buscam textos elaborados sem pressa sobre ideias, cultura, comportamento e política, que às vezes fede e desanima, embora esteja ela metida sem tudo o que faz parte de nossas vidas.
Encantei com o resort, de onde não sai nem para conhecer outros empreendimentos do grupo que o mantém. Esse paraíso se chama, em tupi-guarani, Casa Bonita (Ocaporã). Nele, todo o consumo já está incluso na diária. Senti-me num navio estacionado à beira mar, onde sobre camas confortáveis passei parte dos dias lendo e escrevendo, quando não estava explorando seus jardins, saboreando sua comida e bebericando seus drinques de vodka com frutas tropicais à sobra de caramanchões.