• search
  • Entrar — Criar Conta

Uma amiga inesquecível

Convidado pela seção local da União Brasileira de Escritores, Carlos Roberto de Miranda Gomes fará depoimento nesta quarta-feira pelo canal da instituição no YouTube, sobre Anna Maria Cascudo Barreto. Será antecedido por Humberto Hermenegildo, que abordará a figura de Luís da Câmara Cascudo.

*Da Redação

[email protected]

Navegos transcreve crônica do escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes sobre Anna Maria Cascudo Barreto, tema de sua palestra como participante do lX Encontro Potiguar de Escritores, que teve início na última quarta-feira. Em decorrência da pandemia, este ano o Encontro tornou-se digital, transmitido pelo YouTube. O texto foi extraído de suas Cartas de Cotovelo, praia de veraneio onde numa sexta-feira, 15 de Janeiro de 2015, recebeu a noticia da morte de sua amiga e colega de Academia e Instituto Histórico e Geográfico.

Leiamo-lo:

CARTAS DE COTOVELO 07

Mais um janeiro triste, com o encantamento da estimada amiga e confreira Anna Maria Cascudo Barreto (dia 15), deixando de luto toda a sociedade potiguar e, particularmente, os seus companheiros de Academia e Institutos Culturais, dentre os quais o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Instituto Norte-rio-grandense de Genealogia, União Brasileira de Escritores do RN, Academia Feminina de Letras, Academia Feminina de Letras e Artes Mossoroense, Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte  e o  Instituto Ludovicus, que tão zelosamente cuidava, dentre outros.

Anna Maria era uma pessoa plural, exercendo as mais variadas atividades no campo jurídico, cultural e social durante toda a sua existência.

Dificilmente faltava a uma reunião das entidades das quais participava, sempre mantendo íntegra a memória do seu extraordinário pai Luís da Câmara Cascudo e da sua mãe Dona Dhalia Freire Cascudo, de origem macaibense.

O velho casarão da antiga Av. Junqueira Aires, 377, onde nasceu, que hoje tem o nome do seu pai, será sempre uma referência que lembrará a imortal escritora, jornalista, conferencista, folclorista, pesquisadora e Procuradora de Justiça.

A pranteada amiga, ao longo de suas brilhantes atividades, iniciada em A República, quando tinha 13 anos, depois jornalista com coluna fixa, radiofonia na Rádio Nordeste, atuação na TVU, tendo sido agraciada com incontáveis comendas e honrarias de instituições de todo o País: Ordem do Mérito Judiciário Militar, Presidente de Honra do 44º Festival de Folclore – (Olímpia-SP), Medalha do Mérito Cultural Câmara Cascudo, da ALRN, Medalha do Mérito Tamandaré (Conselho do.Mérito Naval), título Honra ao Mérito Cultural da cidade de Arez-RN, foi admitida na Grã-Mestra da Ordem do Mérito Naval (grau de oficial), Doutora em Leis – Sociedade Brasileiro de Criminologia (RJ), com tese defendida na presença do jurista Roberto Lyra, é Comendadora da Academia Brasileira de Arte, História e Cultura, selecionada como uma das 50 mulheres notáveis do Brasil, organizada pela Associação de Imprensa de Minas Gerais, indicada pelas escritoras Ana Maria Martins e Ligia Fagundes Telles, da Academia Paulista de Letras, oportunidade em que recebeu em Itabira(MG) o Troféu “Cecília Meirelles”, ganhou, ainda, o Troféu de Honra  da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, e o certificado de conferencista da Faculdade de Ciência Umbandista.

Teve participação na fundação de várias entidades como a AMPERN, ABRAJET, da Academia Feminina de Letras, da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte e ocupava a cadeira 13 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, em que é Patrono Luís Fernandes e primeiro ocupante o seu pai e depois Oriano de Almeida, a cadeira 24 da ALEJURN, sendo Patrono o seu genitor e cadeira 20 da Academia Feminina de Letras, tendo como Patrona a poetisa Palmyra Wanderley, é ainda sócia correspondente da Academia Paulista de Letras, do Instituto Biográfico Brasileiro, sócia honorária da Academia Cearamirinense de Letras e artes “Pedro Simões Neto”.

É vasto o acervo de suas obras, e incontáveis os que escreveram sobre sua trajetória, marco indelével da sua imortalidade.

Certamente deixará uma lacuna no mundo intelectual, mercê do seu dinamismo e da presença permanente nas sessões, saraus e vida social desta terra de Poty.

Carlos Roberto de Miranda Gomes

 

 

 

9