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Uma leitura inovadora em Mangas de terror

Quadrinhos de terror são uma grande pedida no Japão, cujo gênero é chamado de Mangá ou Mangá e o autor dessas tiras, Mangaká, segundo nos informa nosso bem informado e assíduo Colaborador.

*Renato de Medeiros Jota

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É notório o sucesso dos Mangás no Brasil e a diversidade de publicações com os mais variados temas que encontram-se disponíveis no mercado. Tem Manga para todos os gostos, com temáticas Viking, por exemplo, como Viland Saga do Makoto Yukimura, outros abordam o conflito entre deuses como Cavaleiros do Zodiaco de Masami Kurumada, existe mangas que falam de esporte como o basquete com Slam dunk escrita e ilustrada por Takehiko Inoue, e a série icônica super apelação Dragon Ball de Akira Toriyama e são tantos temas que fica difícil colocar num texto correndo o perigo de deixar algum de fora. Mas uma coisa é certa, se existe uma coisa que o leitor de manga não pode reclamar é ausência de variedade isso certamente não existe.

Mas o que me proponho a falar aqui é sobre Mangá e especificamente do gênero terror, principalmente para aqueles que primam pela bizarrice, pela capacidade de composição e investigação criminal, pela ultra violência. Existem outros mangás que envolvem os mais diversas situações que transitam pelo domínio do onírico ou fantasioso, até mangas de terror que misturam situações cotidianas com o surreal, mas para quem tem gosto eclético pode-se encontrar mangas que mistura tudo, em suma, fica a cargo do cliente. Como dá para perceber, não existe limite para abordagem de temas com os artistas mangaká.

Por isso, mangas com temática abordando assuntos de terror ou  conteúdo estranhos, até mesmo surreais são assuntos recorrentes para o público admirador do gênero, exemplos desses Mangás são muitos, como por exemplo Mai: A Garota Sensitiva escrita por Kazuya Kudo e desenhada por Ryoichi Ikegami publicado pela abril, Homusculus mangaká Hideo Yamamoto, publicado pela Panini, temos também Hideout do Mangaká Masasumi Kakizaki publicado pela Panini, já outras publicações são adaptações de escritores do gênero do horror cósmico, como por exemplo, O Cão de caça e Outras Histórias e nas Montanhas da Loucura do escritor norte americano Howard Phillips Lovecraft, adaptação de Gou Tanabe publicada pela JBC, Zumaki do Magaká Jun Ji Ito da Editora Devir, Clube do suicídio de Furuya Isamaru, já o mangá Seinen Homunculus  escrita e desenhada por Hideo Yamamoto mostra como é possível inovar o terror usando a criatividade, o deus da morte é personagem central em Death Note escrita por Tsugumi Ohba e ilustrada por Takeshi Obata, o inimigo tanto em Monster , como em 20th Century boys ambas obras de Naoki Urasawa mostram que o pior de nós esta escondida, Ajin dos autores Gamon Sakurai, Tsuina Miura.

Todas esses Mangás é apenas uma gota d´água no oceano de publicações que invadem o mundo que vai desde a parte asiática do continente japonês, passando pela Europa, America do Norte, Cental e America do Sul. As publicações de manga estão em todos os lugares e ganham cada vez mais espaço no coração e mentes dos leitores por onde é publicado. No Brasil, as publicações de manga, em seus primórdios eram poucas e competiam com as hqs de super-heróis que sempre historicamente levavam vantagem por terem chegado antes, mas com o tempo a situação mudou e até mesmo podemos dizer que se equilibrou dado o montante de manga publicado atualmente.

Mas como toda publicação algumas tem um nicho especifico e pequeno, como é o caso dos mangás de terror em geral. O fato é que poucos Mangás de terror autentico alcançam sucesso de público e venda, exceção à regra é Monster e 20th Century Boys de Naoki Urasawa e outro mangá chamado Uzumaki escrito e ilustrado por Junji Ito, devem existir outros que não me lembro agora, mas o fato é que são raros. O que se percebe na realidade é que autores como Gou Tanabe que faz um excelente trabalho adaptando as Montanhas da Loucura só tem uma obra publicada no pais e até mesmo algumas obras publicadas pela conrad no passado como o Garoto Verme do autor  Hideshi Hino e o Vampiro que ri de Suehiro Maruo, não ganharam uma republicação, depois que a Conrad quase sumiu do mercado de publicações de Mangá.

O fato é que existe uma carência de publicações de terror no mercado e as editoras centralizam seus esforços em publicações diversas para um público bem generalizado, apostando em publicações com relativo sucesso e capaz de não encalhar na vendagem. Quanto a essa visão editorial esta tudo certo, mangá é um produto como qualquer outro e tem de vender e gerar lucro. Contudo, o Brasil se caracteriza por ter uma ótima receptividade com hqs de terror e posso falar isso por experiência própria já que também trabalho com quadrinhos e especificamente hq de terror e vendo as minhas produções. Por isso não consigo entender o motivo da falta de investimento e até mesmo ousadia em publicar autores como Junji Ito e Naoki Urasawa mas para mim isso é insuficiente. Existem muitos mangás de terror promissores lançados lá fora que podem ser exitosos no mercado brasileiro como por exemplo

Se o mercado editorial perceber como é promissor esse nicho de mangá de terror podemos esperar vir muitas publicações com teor psicológico que instiga o medo e perturbação. Vale ressaltar que quando falo aqui de terror estou me referindo de mangás com temática adulta e que busca fugir do slasher, a violência pura e simples sem ter um algum tipo de conteúdo capaz mesmo não explicando de nos despertar algum incomodo que só vejo em mangás adultos. Nisso resulta pensar em uma editora que faça um tipo de curadoria especifica objetivando publicar os clássicos do mangá de terror e lança-los no Brasil. Mas não devemos nos restringir ao Japão, outros países que tem os seus próprios quadrinhos como os chineses e coreanos, apelidados de Manguá também tem ótimas histórias de terror que podem contribuir para oferecer histórias de qualidade e capaz de gelar a espinha. Assim, é esperar e torcer para que editoras tomem consciência desses mangás e consigamos lê-los e tomar aqueles bons sustos com as criações e bizarrices dos personagens que passeiam por essas páginas. Enfim, o assunto é longo ao mesmo tempo que interessante, mas creio que podemos parar por aqui, até termos mais novidades em um futuro próximo. Desse modo, desejo a todos que se cuidem e possam ler alguns ótimos mangas, porque a mim cabe voltar a ler Uzumaki e ver se o Junji Ito é bizarro mesmo.

O mangá ou manga, é a palavra usada para designar história em quadrinhos ou banda desenhada feita no estilo japonês. No Japão, o termo designa quaisquer histórias em quadrinhos.

Fora do Japão, os mangás geralmente se referem aos livros japoneses em quadrinhos ou banda desenhada e mangaká refere-se ao autor do mangá, que normalmente é japonês. Em 2006, cerca de 3000 mangakás profissionais foram trabalhar no Japão.

O mangá ou manga, é a palavra usada para designar história em quadrinhos ou banda desenhada feita no estilo japonês. No Japão, o termo designa quaisquer histórias em quadrinhos.

Fora do Japão, os mangás geralmente se referem aos livros japoneses em quadrinhos ou banda desenhada e mangaká refere-se ao autor do mangá, que normalmente é japonês. Em 2006, cerca de 3000 mangakás profissionais foram trabalhar no Japão.