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Uma mestra do estilo inculto e canhestro

Fundador de Navegos se debruça mais uma vez sobre uma figura ativa do feminismo e da tirania de movimentos culturais urdidos por militância ideológica.

*Franklin Jorge

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A autoproclamada feminista e estudiosa da vida e da obra da grande educadora e escritora Nísia Floresta, Rejane de Souza, sua conterrânea, acaba de ser reconhecida e homenageada como literata de fôlego, pelo culto e douto deputado estadual que usa a alcunha de Francisco do PT, como uma paladina do livro e da leitura no Rio Grande do Norte.

Transportada, por um cochilo da sorte, do Sítio Jenipapeiro para o proscênio cultural desta valorosa aldeia de Poti, como uma esforçada ativista do próprio narcisismo, não tem a Doutora Rejane efetivamente nenhuma obra minimamente relevante, nem se conhece, de sua lavra, quaisquer préstimos à cultura local,  à educação ou ao engrandecimento e à solidez dos nossos valores, não passando aos olhos de todos senão como uma pessoa disposta a arrombar de qualquer jeito a porteira da cultura provinciana. Seu feminismo inspira-se numa espécie de machismo reverso: para ter o comando de alguma coisa, fundou em sua terra de origem o Mulherio Nísia Floresta, grupo até recentemente muito assíduo em postagens no Instagram, entrou há pouco em estado de soneca.

Ridiculamente desprovida de bom senso e de noção, por sua insistência em se vender mais caro do que vale no mercado das ideias e da cultura, tornou-se  uma figura meramente folclórica que provoca o riso em um meio a que almeja pertencer à força, contando apenas com a cumplicidade de parceiros ideológicos que a rigor menosprezam e aviltam o mérito. Em sua vaidade mórbida, luta para ter assento na Academia Norte-riograndense de Letras e no Conselho Estadual de Cultura, como uma tabaroa que aspira ombrear-se com os doutores.

Apesar de toda sua diligencia, no sentido de atuar e ser reconhecida na cultura do estado, sua produção intelectual é nula e predominantemente medíocre, como prova o ”ensaio” que escreveu a pedido duma revista feminista e lá deixou, em uma única sentença, a prova do seu descuido e despreparo com o estilo. Escreveu: ”No curso do percurso…” Observe-se que quem o escreveu jacta-se de possuir Doutorado em Literatura Comparada.

Oriunda do curso de Pedagogia, obteve num cochilo de sorte, ninguém sabe como nem por que, o título de ‘’mestra’’ em Literatura Comparada pela UFRN e desde então pôs na cabeça que pertence ao mundo da cultura e disto tem tirado com relativo êxito algum partido, graças ao apoio de parceiros ideológicos que consideram mais a militância do que o mérito e o compadrio em vez da substância. Em verdade, ninguém a leva a sério, exceto quando se faz necessário obter dela um testemunho supostamente incrível ou duvidoso.

Recentemente, por acaso, deparei-me pela primeira vez na blogosfera com um texto de sua lavra que, por sua importância intelectual lhe teria sido solicitado por uma revista digital que desejava ter a sua opinião sobre o uso que a mulher faz do livro e da leitura, um tema que me pareceu francamente ocioso ou feminista. Quase me caiu o queixo ao deparar-me com as platitudes produzida por tal ‘’mestria’’. Ao escreve-lo, aparentemente com as mãos nas costas, se revelou uma pensadora ou teórica, como quereis, leitor, de fôlego curto. Em primeiro lugar, ressalte-se, à primeira vista o mal uso que ela faz das palavras e a insuficiência de suas leituras,. Faz-nos crer que, para obter o seu título acadêmico, houve de ambas as  partes envolvidas nesse processo,  mais do que labuta intelectual, evidente complacência ou caridade de seus professores. de qualquer forma, adornada de lauréis, tornou-se aos olhos de todos um barulhenta expoente da mediocridade provinciana

Relaxada ao alinhar as palavras em sentenças e parágrafos rejanianos, parece a professora Rejane encantada de pensar que é a tal. Ou seja, alguém capaz de nos enganar a todos com a sua esperteza de mulher que se jacta de ter ”pegado no pesado” em seus já recuados tempos de sitiante no Jenipapeiro.

Como especialista na vida e na obra de sua ilustre conterrânea, pois ambas nasceram numa terra que muito antigamente se chamou de Vila de Papary, não se mostrou capaz de acrescentar uma vírgula virgem a um tema já açambarcado por estudiosos que a rigor, frise-se.  não têm mais nada a dizer-nos sobre o assunto em pauta, exceto fazer chover no molhado, embora no caso da nossa personagem, tenhamos, ”no curso do percurso” de sua produção intelectual uma goga rala que não a orna em absoluto como pedagoga juramentada por sua aguerrida militância esquerdista.

Malandramente, porém, ousou Dona Rejane ir mais além, arrolando no mesmo intento ensaístico figuras como Pagu, Virginia Woolf e Simone de Beauvoir, das quais ouviu falar em passant, sem resquícios de profundidade ou de elementos capazes de consubstanciar eventuais juízos de valor que passam ao largo de seus escritos. Por exemplo: reduziu Virginia Woolf à condição de uma autora dedicada a produzir obras classificáveis como ‘’homoafetivas’’, quando apenas em Orlando, uma novela de refinada fantasia, através da qual, ela, Virginia, teria muito engenhosamente tocado o assunto, ao fazer a personagem que dá nome ao seu estro, ser homem e mulher no curso de três séculos. Bastou isto para, aos olhos da sabichona do sítio Jenipapeiro, a autora inglesa se transformar, para gáudio de uma beletrista do Jenipapeiro em uma aguerrida militante da causa lesbiana…

Sobre a escritora francesa que nos deu O segundo sexo, mostra-se ainda mais desinformada, apesar de seu titulo de ‘’mestra’’ em Literatura Comparada com o qual sua mediocridade se refestela em detrimento da pedagogia, da educação e da cultura potiguar, mecanicamente estuprada pelo furor duma militância que se compraz em repetir platitudes e ideias feitas. Como vemos em letras de forma, a pseudo literata leu pouco e mal o que por acaso terá lido. e não se faz necessário ter algum ‘doutorado’ para sabe-lo…

Por seus pruridos intelectuais, percebe-se de maneira clara e evidente, que a ‘’mestra’’ Rejane de Souza é um atestado vivo da falência do ensino universitário no Brasil refundado pelo PT para ter a educação à seu serviço e dar boa vida aos seus prosélitos. Um caso, pois, de internamento na casa de saúde do Doutor Severino Lopes…