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Uma velha e querida companheira

Fundador de Navegos e seu contentamento que renasce a cada manhã, quando também lhe faz companhia sua Pikitita, uma gata de quase 20 anos.

*Franklin Jorge

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Acordar cedo e, acompanhado de gatos que parecem à espreita, entre plantações, aspirar profundamente o ar orvalhado. Repetir, vagarosamente, por uma dezena de vezes até sentir a alma impregnada do bálsamo mais puro que nos dá a Natureza, o ar orvalhado do dia nascente,

Dou-me a esse prazer seguidas vezes, sem ter bens nem recursos, senão os que podem criar com o engenho, a arte e o talento, a transfiguração da realidade em uma obra visceral, plena, como a prática da Jardinagem e da Agricultura em um quintal ou jardim. É um tempo que nos exige dedicação, atenção, cuidados e gratificação desmedida que nos faz partícipes de um processo que começa com os cuidados com a terra, o plantio, os cuidados regulares e inesperados, o plantio, a colheita. As Primícias que nos dão a Terra

Pikitita, quando saímos sozinhos, ela e eu, nesses passeios no lusco-fusco matutino, gostar de disparar e esconder-se entre as folhagens mais espessas ou de acesso difícil, encontro-a, às vezes, ansiosa, de coração nas patinhas, vigiando, vigiando, sem saber de onde virá o perigo…

Dezenove anos em minha companhia [corrige-me Jan] e nunca quis uma amizade além dessa que nos une há quase duas Décadas de vida e vicissitudes, sacudidas por rajadas de Felicidade e penares. Ninguém me conheceria melhor e descreveria o que sou com maior precisão, acuidade e lucidez. Adora brincar e correr à minha frente, em nossa vivencia de Mossoró, na Boa Vista, andando todas as noites 8 Quarteirões, Pikitita se escondendo aqui e ali, de repente, quando eu fingia desistir de procura-la, saltava à minha frente, satisfeita por ter-me logrado…