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Vamos comer pipocas

Observando a cena política do RN, percebe-se que a governadora, uma contumaz comedora de pipocas, ainda não encontrou o rumo certo para administrar o Estado.

Nadja Lira

Cresci ouvindo minha avó dizer que determinadas comidas são proibidas no nosso cardápio porque prejudicam a nossa saúde. As crianças da minha família eram proibidas de tomar café, por exemplo. Segundo as explicações da minha avó, o café contribui para queimar os neurônios, o que dificulta a aprendizagem das crianças. Seguindo esta orientação, a minha primeira xícara de café foi saboreada quando eu já contava com mais de 25 anos de idade.

A sabedoria da minha avó me surpreende até hoje, porque é de conhecimento geral, que ingerir alimentos muito calóricos com frequência, prejudica, não apenas à boa forma, como também a nossa saúde. É por isso que a maioria das famílias come pizza ou lasanha somente aos domingos. Alimentos muito calóricos, de acordo com as informações médicas, contribuem para o aumento de peso o que acaba acarretando uma série de doenças.

Depois de tanto ouvir os médicos recomendarem aquilo que a gente pode e o que não pode comer, tornei-me cuidadosa com a ingestão de alimentos e confesso que fiquei muito surpresa ao ver que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, é viciada em comer pipoca Bokus.

Depois de verificar que ela tem um saco de pipoca na mão em diversas ocasiões, tomei a liberdade de pensar: Caramba, ela vai engordar e se não parar de comer pipocas poderá acabar explodindo, conforme aconteceu com Dona Redonda, na novela Saramandaia, escrita por Dias Gomes.

Na novela, Dona Redonda explode, não apenas por devorar toda a comida que encontra diante de si, mas também por ser uma maldosa, rancora e cheia de sentimentos ruins, contra os outros.

E sentimentos ruins, ao que parece, é o que não falta a gestora do RN. Basta ver a forma desumana como ela que vem tratando os servidores estaduais, desde que sentou na cadeira deixada por Robinson Faria, outro desastre como governador.

Nunca antes na história deste Estado, se viu tamanho desmantelo praticado por um gestor: Ela já passou um calote nos fornecedores e outro nos servidores, prejudicando especialmente, os aposentados. Fechou hospitais e reduziu as verbas da Educação, fechou laboratórios de informática, enfim, até agora só fez desgraças. O mais grave é que ela não considera sua responsabilidade atualizar os salários atrasados deixados pelo seu antecessor.

Todos sabem que quando se compra uma empresa privada, o comprador se torna responsável pelo ônus e pelo bônus do objeto comprado. Assim também ocorre com o serviço público. Portanto, é responsabilidade da atual gestão pagar os salários atrasados, sim Senhora.

Em quase um ano frente à administração do Estado, Fátima Bezerra se mostra mais perdida do que cego em tiroteio. Ainda não disse a que veio e as únicas iniciativas tomadas até agora, em nada influem ou contribuem para melhora a vida do povo norte-rio-grandense.

Surpreendente também é a omissão Assembleia Legislativa, e o silêncio de cemitério no qual está envolvido a Imprensa Potiguar, os Sindicatos, o Ministério Público, que nada faz ou diz a respeito desse assunto.

A desculpa é que o Estado está falido, logo, não tem dinheiro em caixa para pagar coisa alguma. Surpresa maior é saber que não faltou dinheiro para pagar ao pessoal das secretarias extraordinárias criadas em seu governo; também não faltou dinheiro para aumentar o salário do Judiciário, assim como não falta dinheiro para a realização de viagens para apadrinhados, conforme ocorreu quando a governadora e seu séquito decidiu fazer turismo pela Europa.

Quanto ao hábito de comer pipoca não é de todo ruim, pois a pipoca de milho –  aquela feita em casa – possui uma grande quantidade de fibras, o que permite o funcionamento regular do intestino. Contém grande quantidade de oxidante – chega a ser maior do que o das frutas – o que permite a prevenção de doenças degenerativas como o câncer e o diabetes.

A pipoca ainda desacelera o processo de envelhecimento, pois tem antioxidante que combatem os radicais livres, causadores da velhice. “Consumidas em quantidades moderadas, a pipoca pode até ajudar na perda de peso”, segundo algumas revistas de saúde. Mas um alerta é feito: pipoca de micro-ondas e de cinema não são recomendadas. “A pipoca boa mesmo, saudável, é aquela feita em casa com pouco óleo e sal.

Logo, eu não estava completamente errada na minha preocupação em relação às pipocas consumidas pela gestora do RN. Comê-las em demasia pode ser prejudicial. Mas, por enquanto, quem está mesmo explodindo de raiva são os servidores endividados e que figuram na lista negra do SPC

Nadja Lira – Jornalista • Pedagoga • Filósofa

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