*Alex Pipkin, PhD
Para começar a semana, e o sol vem trazendo a luz da esperança, uma recorrente notícia terrível e outra alvissareira.
A horrorosa, é que continuamos a ter parcela significativa de brasileiros que seguem acreditando tanto na ilusão da defesa dos interesses e do desenvolvimento do (farsante) coletivo, da massa etérea, abstrata e despersonalizada – em detrimento da menor minoria factual, o indivíduo – como também da capacidade do Estado e de seus tangíveis burocratas estatais de atenderem a tal utópico faz de conta.
Mesmo repaginado para a luta identitária – intolerante e segregadora – o bondoso sonho marxista que não pode (lógica e tecnicamente), nunca deu e nunca poderá ser realizado com resultado positivo concreto, persiste em dormir “de conchinha” com muitos homens, mulheres e outra infinidade de possibilidades contemporâneas…
A falácia da retidão desses jovens governantes – genuinamente aspirantes a ditadores – reflete ipsis litteris seus atos benevolentes orientados para a salvação do coletivo, muito embora quase todos nós saibamos que os resultados objetivos, como apontam as evidências atuais e robustas, sejam devastadores para o efetivo todo social.
No RS e em POA, nos últimos cinco meses, nunca presenciei tantos abusos e cerceamento de liberdades individuais constitucionais, em nome de uma ciência sem ciência que fechou a economia e destruiu cadeias produtivas inteiras (interligadas à outras), trazendo a tragédia para os comuns e a carnificina de vidas econômicas humanas.
Vejam bem, interromperam a atividade econômica em março, com alguns “abre-fecha” ainda mais perniciosos, visto que sem previsibilidade não há como se ter negócios que possam sobreviver e prosperar, principalmente no horizonte de curto prazo!
Jovens políticos profissionais, que nunca foram além de visitas populistas de inaugurações de operações empresariais, sem qualquer visão e órfãos de experiências pragmáticas, colocaram aos seus pés aqueles que estudaram, empreenderam e correram riscos, a fim de criar empregos, renda e prosperidade real para todos.
O que se viu foi uma comédia dantesca de erros, de ignorância, em especial econômica, de ineptidão, e de estupidez autoritária. O rol é interminável…
De suas mentes brilhantes, ordenaram que grandes supermercados “essenciais” operassem com gigantescas aglomerações, enquanto que pequenos mercados, essenciais para o sustento de pequenos empreendedores e de seus familiares, foram completamente impedidos de trabalhar. Nos parques, até cego embaixo d’água enxergou os abissais ajuntamentos. Com a “inteligente” decisão de reduzir o tráfego de ônibus, o bafo na nuca daquelas pessoas que transitavam nos ônibus foi inevitável.
Com o alvará da Covid-19, jovens delinquentes presos foram liberados da prisão, para livre e “levemente” cometerem mais crimes e assassinatos; liberou geral!
Carta branca foi dada para justiceiros sociais “antifascistas e racistas”, que se acumularam e se juntaram para a realização de protestos nas ruas, em que tais manifestantes foram calorosamente acompanhados pelas rédeas soltas da polícia militar e pela brilhante presença e cobertura midiática do nefasto partido da mídia, sensacionalista e parcial até os dentes.
Sem fôlego para prosseguir a missa…
Além de contraproducente, o isolamento social drástico foi a tatuagem da ineficiência, do despreparo, da politicagem, do abuso ditatorial, que ficará gravado nos corpos e nas vidas de milhões de brasileiros por décadas.
Esses jovens governantes não só usaram e abusaram da falácia das boas intenções, mas os sucessivos fracassos governamentais escancararam prepotência, inaptidão e desqualificação.
Não dá mais mesmo pra votar e suportar esses meninos sofistas, que falam de soluções e de supostas “inovações” que não têm o mínimo preparo e experiência para alcançar.
Saber fazer política é importante? Evidente que sim, saber articular, dialogar e negociar é vital, porém insuficiente, mas esses surdos-mudos nem isso conseguem realizar.
Nunca se viu um fracasso tão grande em termos de liderança política na verdadeira gestão do bem comum. Pelo menos eu nunca tinha presenciado.
E a boa notícia?! Maravilhosa, em tese!
As escolas estaduais começarão a incluir autores liberais em seus currículos. Onde há vida existe esperança… de que os jovens comecem a formar sua própria massa crítica e passem a concluir por eles próprios, que fora da valorização do indivíduo, para muito além da abstração coletiva, à liberdade, a felicidade e a genuína prosperidade desaparecem…
Como a foto do dia revela, instantaneamente!
Alguns têm me taxado de pessimista. Talvez; um pessimista racional.
Mas confesso que o andar e o conversar com os gaúchos tem me tornado mais confiante num futuro melhor para todos; a chave para as reformas liberalizantes e progressistas na mente juvenil aparenta-me que começou a girar, e para o lado certo!
Vamos meu vermelho do coração! Só no futebol e no vinho, é óbvio!