*Diário de Cuba
A principal coligação de oposição na Venezuela , a Plataforma Unitária Democrática (PUD), propôs na sexta-feira a historiadora Corina Yoris como candidata às eleições presidenciais de 28 de julho, face à desqualificação que impede a líder antichavista María Corina Machado de concorrer. .
Em declarações à imprensa, Machado garantiu que a decisão “emergiu da discussão das forças unitárias” e faz parte de um mecanismo acordado para “enfrentar este obstáculo”, numa referência à sua inabilitação, ratificada em janeiro pelo Supremo Tribunal de Justiça. (TSJ), uma sanção descreveu-o como “um ato irracional, totalmente inconstitucional e covarde”.
Entretanto, disse, continuará a “percorrer toda a Venezuela” para levar “força e esperança a todos os cantos do país ”, ao mesmo tempo que prosseguirá a sua luta contra a desqualificação que o impede de concorrer às eleições para cargos públicos até 2036.
“Encontramos a pessoa certa e (…) é uma pessoa que tem o respeito de todos aqueles que o conheceram ao longo da sua vida académica, profissional e cívica”, disse Machado, referindo-se a Yoris, que “”Ela não está desqualificada”, como pessoa em quem ela “confia totalmente”, citou a EFE .
Acusou o Governo de Nicolás Maduro de querer “fechar o caminho e a rota eleitoral” para “negar a todos os venezuelanos o caminho para a mudança, para a liberdade em paz”.
“Mas eles não vão conseguir isso. Estamos determinados a avançar e fazer o que for preciso para permanecer neste caminho e cumprir um mandato, um mandato de quase três milhões de venezuelanos que alcançamos em 22 de outubro, com primárias gloriosas. ., para mostrar ao mundo do que somos capazes”, disse Machado.
Neste sentido, Machado afirmou que a oposição maioritária obterá “o antídoto” para “todas as armadilhas” encontradas no caminho para as eleições presidenciais.
Por sua vez, Yoris disse sentir-se “tremendamente comprometida com o povo venezuelano” e com Machado , a quem agradeceu “este ato de confiança”, e expressou a sua vontade de avançar em direção a “um caminho de transição na Venezuela”.
Yoris, formado em Filosofia, Letras e doutor em História, além de professor universitário, foi escolhido por unanimidade dentro do PUD e conta com “total apoio” de Machado.
Da mesma forma, integrou a Comissão Nacional Primária (CNP) que organizou as eleições de outubro passado, nas quais Machado obteve 92,35% dos votos.
