*Nadja Lira
A mentira parece fazer parte da vida da maioria das pessoas. Quando eu era criança era comum os adultos dizerem que a Cegonha era responsável pelo surgimento dos bebês. Também era comum fazer com que as crianças acreditassem em Papai Noel, Boi da Cara Preta, o Velho do Saco e a Fadinha do Dente, entre outras figuras que contribuíram para formar o imaginário infantil. A História do Brasil também é recheada de mentira, de forma que o povo brasileiro mal sabe o que de fato é real neste latifúndio. Eu, assim como as crianças da minha época, cresci ouvindo as histórias de Pedro Malasartes, personagem criado por Nelson Albissú. Pedro Malasartes perde o pai, acaba sendo enganado pelos irmãos na partilha dos bens e passa a aplicar pequenos golpes nas pessoas, a fim de conseguir sobreviver. Todos os golpes que aplica, são ancorados por mentiras.
Adultos ensinam as crianças que “a mentira tem pernas curtas”, mas crescemos ouvindo uma infinidade de mentiras, que são incorporadas à nossa rotina e parece ser difícil conviver com as verdades. De tão cultuada, a mentira acabou por ganhar um dia em sua homenagem: O dia 1º de abril. Isto prova o quanto as pessoas respeitam a mentira. A mentira é tão antiga que acabou se transformando em tema estudado dentro da Filosofia. Assim, o grande filósofo Aristóteles dividiu a mentira em duas espécies: a jactância – que consiste em exagerar a verdade, e a ironia, que consiste em diminuí-la. Immanuel Kant, considerado como o pai da filosofia moderna, ao que parece, abominava a mentira a ponto de criar um princípio cujo ensinamento diz: “age apenas segundo uma regra pela qual possas ao mesmo tempo querer que se torne uma lei universal”. A Bíblia também abomina a mentira e ensina através de várias passagens que Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Em João 8:32 está escrito: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Como se vê, a mentira é desprezada pelos filósofos e pelos ensinamentos de Jesus Cristo, mas cultivada pelo povo ao longo da história. A mentira, no mundo atual, é chamada de fake news, especialmente porque a maioria do povo brasileiro adora inserir ao nosso vocabulário termos originados do Inglês.
O poder da mentira foi muito bem expressado pelo Ministro de Propaganda de Adolf Hitler, quando cunhou a seguinte frase: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. A frase do nazista acabou se tornando um mantra entoado por políticos oportunistas, especialmente em tempos polarizados como o que vivemos na atualidade. O pior é se verificar que os Homens de Preto permitem que algumas mentiras sejam propagadas, com o claro objetivo de beneficiar ao maior mentiroso já visto na História do Brasil – Lula-bá-bá da Silva. A ele não se pode chamar de ladrão, mesmo que a Lava Jato tenha comprovado o desvio estimado em mais de 800 bilhões da Petrobras e mesmo que ele tenha sido condenado em três instâncias. As falas que o conhecido nine profere em seus discursos privados e que mostram sua real face, nada pode ser reproduzido, por serem considerada pelos Homens de Preto com fake News. Assim, quando ele diz que é a favor do aborto, da liberação das drogas e do controle da mídia, a implantação da ideologia de gênero, entre outros absurdos, nada disto pode ser repassado ao público. Estas verdades devem ficar ocultas e somente a figura do Lulinha paz e amor deve ser mostrada, com o claro objetivo de iludir o povo. Ao mesmo tempo, não existe qualquer proibição em se chamar Bolsonaro de genocida, fascista, assassino e miliciano.
Dizer que a economia do Brasil está mal, que Bolsonaro chamou a Covid de gripezinha, que é satanista, canibalista, não tem qualquer vestígio de fake News. Pode-se atribuir ao Presidente da República toda e qualquer falta que os Homens de Preto irão fingir-se de surdos. Na tentativa de destituir o presidente “confundem” moeda corrente com dinheiro vivo quando falam a respeito de imóveis adquiridos pela família Bolsonaro ao longo de 30 anos. Por parte dos Homens de Preto em relação a este “engano” é igual ao silêncio que impera no Cemitério Morada da Paz. Grave também é que Lula-bá-bá atribui a Bolsonaro a criação da Lei de Acesso à Documentos com sigilo de 100 anos. É importante destacar, que a tal lei foi sancionada em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff. Mas ao Nine é permitido mentir. A lei permite que ele repita suas mentiras até que elas pareçam verdade