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Vivendo à sombra do PT

Fundador de Navegos reflete sobre a comedia política que faz do Rio Grande do Norte pasto de abutres famélicos. 

*Franklin Jorge

Nossos profissionais da política, como o ex-governador Garibaldi Alves, por exemplo – que nunca teve emprego formal e viveu sempre de seus mandatos -, desdenham da brava gente que inadvertidamente os tem elegido de maneira reiterada, por descuido, irresponsabilidade, alienação ou descaso para com o futuro de sua própria descendência; condenada, por maus hábitos políticos a uma vida de escravidão aos interesses de governantes e parlamentares desalmados.

É um exemplo, mas há numerosos outros, quiséssemos enumera-los e nos déssemos à pachorra de perder tempo trazendo à discussão nomes já por demais manjados e sem conserto; um mau costume que se tornou crônico e não pode ser remediado senão pelo voto consciente.

O ex-prefeito de Natal, por exemplo, Carlos Eduardo Alves, hábil em omitir-se e a condescender com os carrascos do povo pelo silêncio, faz-se de desentendido quando todos esperam dele que assuma suas responsabilidades e a defesa dos interesses dos potiguares. Atualmente no páreo eleitoral – seja para senador, governador ou deputado federal, segundo a vontade e o beneplácito da governadora que já nos deu provas suficientes do seu desapreço pelos potiguares e por esta unidade da Federação que se apresenta sob a lastimável figura de um elefante manco e, pela maneira como tem claudicado na história, alienado ou parvo, para mal de nossos pecados ou danosa condescedência. Sempre a tropeçar em suas algemas e escolhas, sobretudo após a retirada dos militares do poder e da administração pública que a cada governo se deteriora e nos faz pensar que o Rio Grande do Norte não tem jeito. Uma verdadeira calamidade que a cada eleição responde por nomes como Geraldo Melo, Agripino Maia, Garibaldi Alves, Wilma Faria, Rosalba Ciarlini, Robinson Faria e, no plantão atual, a pseudo-professora ou professora fake Fátima Bezerra, o outro nome da penúria moral e administrativa, a cara cagada e cuspida da atual administração, como diria o sertanejo sempre sagaz e espirituoso, apesar das privações que costumam coroar sua miserável existência terrena.

Carlos Eduardo, de quem cheguei a fazer bom juízo, encarna bem esse tipo de político que já deu tudo o que tinha de dar. Alguém que não se compromete com a solução de problemas, não se alevanta contra vícios congênitos e se dá ao desplante até de cortejar o mal que nos consome sob o disfarce de partido. Ou se omite, como temos visto sobretudo durante a fase aguda dessa pandemia que ceifou centenas de vidas não fora a governadora a genocida que é. Carlos Eduardo referiu calar-se  para não desagradar a aliada saindo em defesa dos potiguares cuja vida, de fato, para os nossos políticos não tem nenhum valor.

Fraco em seus desígnios, sempre dependendo do beneplácito e da aprovação de próceres de um partido sabidamente corrupto e à serviço da corrupção e do crime, conforme revelou-se o PT das formas mais abjetas, tem vivido passivamente à sombra do PT, apesar de estar claro para todos que a maioria já não se conforma com esta realidade deletéria e aspira por mudanças, como o fez ao eleger  presidente Jair Bolsonaro, cujas ações têm se irradiado por todo o Brasil, sobretudo pelo Nordeste, antes esquecido por todos os governantes que se instalaram no vácuo criado pela deposição do Imperador D. Pedro II.

Aliado contumaz do PT e paciente com a desgraça prodigada por tais políticos, tem se curvado ao governo de Fátima Bezerra, que nos surpreendeu a todos com o seu desprezo pelo nosso povo e por sua incapacidade administrativa. Jamais, apesar da gravidade da situação, Carlos Eduardo se opôs aos desmandos, despreparo e à corrupção que tem caracterizado o governo do PT no Rio Grande do Norte. Nem mesmo durante a fase crítica da pandemia manifestou-se em favor da nossa terra e dos potiguares que morrem e morreram à míngua de ações que se faziam necessárias em um momento tão crítico de nossa existência. E da história da terra de Poti, eternamente sugada e espoliada por governantes ingratos.

Precisamos, para o bem do Rio Grande do Norte, de candidatos autodeterminados que n]ao dependam da vontade de aliados corruptos para decidir seu destino, como ocorre em todas as campanhas com Carlos Eduardo, que vive e sempre viveu à sombra do PT e do famigerado Ciro Gomes, sem dar satisfações aos potiguares e sem considerar o julgamento popular. Precisamos de candidatos que fiquem ao lado do povo e às vezes, para perder ou ganhar, se insurjam contra maus aliados, como os corruptos e tiranetes do PT.

Foto de Carlos Eduardo e Ciro Gomes, presidente de seu partido.