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Vou escrever de forma independente

Sem medo de fracassar, um dos grandes românticos ingleses confessa sua determinação de alcançar as profundezas, como crítico severo de sua obra.

*John Keats

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Meu caro Hessy,

Você é muito bom em me enviar a carta do Chronicle – e eu sou muito ruim em não lhe agradecer por essa cortesia antes – e eu peço desculpas – Felizmente eu tenho esse papel todos os dias – eu vi o de hoje. Não posso deixar de me sentir em dívida com esses Cavaleiros que ficaram do meu lado – Quanto ao resto, estou começando a ter uma visão da minha própria força e fraqueza. – Louvor ou censura têm apenas um efeito momentâneo sobre o homem cujo amor pela beleza abstrata o torna um crítico severo de suas próprias obras.

Minha própria crítica doméstica me trouxe dores incomparáveis, além do que Blackwood ou o Quarterly poderiam me infligir. E também quando sinto que estou certo, nenhum elogio externo pode me iluminar tanto quanto minha própria percepção solitária e ratificação do que é certo. J. S. está perfeitamente correto sobre o descuido de Endymion. Que seja assim não é minha culpa – Não! – embora possa parecer um pouco paradoxal. É tão bom quanto eu poderia fazê-lo – sozinho – Se eu estivesse nervoso tentando torná-lo uma peça perfeita, e com esse critério pedisse conselhos e tremesse a cada página, eu não o teria escrito; pois não é da minha natureza tatear – escreverei de forma independente. – Eu escrevi de forma independente pois não é da minha natureza tatear – escreverei de forma independente.

Eu escrevi de forma independente pois não é da minha natureza tatear – escreverei de forma independente. – Eu escrevi de forma independentes em acusação – posso escrever de forma independente e com acusação a partir de agora. – O Gênio da Poesia tem que resolver sua própria salvação como homem: Ele não pode ser amadurecido nem por lei nem por preceito, mas por sensações e observações em si mesmo – Em Endymion eu pulei de cabeça no Mar e, consequentemente, cheguei a ser um melhor conhecedor das profundezas, da areia movediça e das rochas, do que se eu tivesse ficado na margem verde, soprando uma gaita de foles idiota, tomando chá e conselhos confortáveis. – Nunca tive medo do fracasso; bem, eu prefiro falhar do que não estar entre os grandes – Mas estou perto de cair em uma comédia. Então, com meus cumprimentos a Taylor e Woodhouse e Cía Soy

Com os melhores cumprimentos.

Carta de John Keats a J. A. Hessey em 8 de outubro de 1818

Foto: Máscara mortuária de John Keats

Keats-Shelley House, Roma